As vendas do setor eletroeletrônico no mês de janeiro, com exceção da área de componentes elétricos e eletrônicos, foram melhores que o esperado pela indústria, segundo sondagem realizada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Segundo o levantamento, as vendas de bens de informática permaneceram ativas, reflexo, ainda, das ações de órgãos do governo visando a inclusão digital e o combate ao mercado ilegal.
Conforme estudo encomendado pela Abinee, as vendas de PCs, em de 2007, atingiram 10 milhões de unidades, 21,4% superiores às realizadas em 2006 (8,2 milhões). Dessa forma, o mercado legal de PCs encerrou o ano com 65% do total, com expectativa de atingir 71% neste ano.
Na área de telecomunicações, as vendas de telefones celulares continuaram aquecidas. Para este ano, esperam-se novos investimentos decorrentes do leilão de terceira geração de celulares, ocorrido em dezembro. Em cada estado do Brasil foram autorizadas quatro novas concessionárias para operar a 3G. Na telefonia fixa, os investimentos permaneceram mais concentrados em infra-estrutura para banda larga, como por exemplo, voz sobre IP, sem expansão significativa da rede, que seria a força motriz neste segmento.
Entre outras constatações, a sondagem feita pela associação mostra que os negócios da área de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (GTD) não sofrem os efeitos da sazonalidade, portanto mantiveram-se no mesmo ritmo dos últimos meses. Na transmissão, as encomendas continuaram ativas em função dos leilões ocorridos nos últimos anos.
Neste começo de ano, as vendas de componentes elétricos e eletrônicos contaram com o aquecimento de alguns mercados de produtos industriais. Porém, o principal entrave para o melhor desempenho desta área continua sendo a forte concorrência internacional estimulada pela valorização do real que, em 2007, atingiu 10,5% em relação a 2006. É importante ressaltar que, no mês de janeiro, a moeda americana continuou recuando em relação ao real.
As empresas de todas as áreas da indústria eletroeletrônica, no entanto, estão atentas em relação aos desdobramentos da crise norte-americana, que por enquanto não afetou os investimentos em andamento no Brasil.