A Unit 42, equipe de inteligência de ameaças da Palo Alto Networks lançou seu relatório de ameaças à nuvem. O documento revela que, embora tenha havido uma mudança radical na maneira como as equipes de DevOps estão aproveitando a infraestrutura de nuvem nos últimos 18 meses (com a infraestrutura como código – IaC – finalmente se tornando uma prática comum, pois as equipes tentam automatizar mais processos de criação na nuvem), os dados apontam que essa segurança na nuvem está, infelizmente, se movendo na direção errada. Os principais resultados incluem:
• Mais de 199.000 templates inseguros em uso: os pesquisadores da Unit 42 identificaram vulnerabilidades de alta e média gravidades ao longo de sua investigação. Pesquisas anteriores da Unit 42 mostram que 65% dos incidentes na nuvem foram causados por simples configurações incorretas. Essas novas descobertas do relatório esclarecem por que as configurações incorretas da nuvem são tão comuns;
• 43% dos bancos de dados na nuvem não são criptografados: manter os dados criptografados não apenas impede que os invasores leiam as informações armazenadas, como também é um requisito dos padrões de compliance, como o HIPAA;
• Um aumento de 20 a 30% nas cargas de trabalho mal configuradas na nuvem, com centenas de milhares de modelos inseguros em uso;
• As práticas inadequadas ainda são comuns, com 43% dos bancos de dados em nuvem não sendo criptografados e 60% dos sistemas de armazenamento em nuvem estão com o log desativado;
• O grupo de mineração de criptomoedas '8220' usa IPs do – entre outros países – Brasil para suas operações de criptografia.
Embora a IaC ofereça às organizações o benefício de impor padrões de segurança de maneira sistemática, a pesquisa mostra que esse recurso ainda não está sendo aproveitado. Matthew Chiodi, CSO para nuvem pública da Palo Alto Networks, observa: "É preciso apenas uma configuração incorreta para comprometer todo um ambiente de nuvem. Encontramos 199.000 deles. Porém, uma boa notícia é que a IaC pode oferecer muitos benefícios às equipes de segurança, como permitir que a segurança seja implantada logo no início do processo de desenvolvimento de um software e também incorporá-la nos próprios componentes da infraestrutura de nuvem de uma organização".
O relatório indica que várias infraestruturas na nuvem ainda são muito frágeis em um momento em que estamos nos preparando para a LGPD e as empresas estão mais preocupadas do que nunca com vazamentos e privacidade do usuário. Para ter acesso ao relatório completo, clique AQUI.