Compras de Carnaval: como empresas e consumidores podem se prevenir de fraudes no e-commerce?

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Com a chegada do Carnaval, aumentam as procuras por compras online de ingressos para as melhores festas. Para se ter uma ideia, no desfile da Marquês de Sapucaí só restam 150 ingressos disponíveis para as frisas, já que os camarotes foram todos vendidos. Porém, por mais que o e-commerce desempenhe um papel fundamental nessa época do ano, já que é a forma exclusiva de se comprar tíquetes para a maioria das festas, alguns cuidados devem ser tomados. Isso porque, infelizmente, muitos golpistas aproveitam essa grande procura para usar dados falsos ou então roubar informações dos foliões, deixando um grande prejuízo para todos.

Para termos uma ideia, o Mapa da Fraude da Clearsale aponta que durante 2022 o Brasil registrou 5,6 milhões de tentativas de fraudes em pedidos de e-commerce entre os meses de janeiro e dezembro, o que significa R$ 5,8 bilhões em ações fraudulentas. O período entre fevereiro e maio foi o que teve maior número de investidas. Festas grandes como o Carnaval, por exemplo, costumam atrair pessoas mal intencionadas que aproveitam da alegria dos outros para dar golpes. Isso porque esses malfeitores sabem que o público em geral está atrás de bilhetes para as melhores festas e utilizam isso a seu favor, criando sites falsos com promoções imperdíveis. Uma vez que o folião faz seu cadastro lá, tem seus dados roubados.

Existem diversas formas de o consumidor se precaver deste tipo de fraude. O principal cuidado é a pesquisa. Antes de comprar ingressos em qualquer site, é muito importante pesquisar no Google sobre a reputação daquela empresa, além de checar em outros canais como o Reclame Aqui, que reúne dissabores enfrentados por consumidores e que podem servir como base para avaliação. Além disso, o PROCON costuma liberar uma lista com empresas não confiáveis para se fazer compras, outro parâmetro para que o folião não tenha uma surpresa desagradável ao adquirir produtos online.

Porém, outras precauções nunca são demais, como manter os dispositivos sempre atualizados, evitar a utilização de senhas muito óbvias e usar somente um cartão de crédito para compras online. Outro ponto muito importante: ao ver promoções boas demais, sempre desconfiar e verificar a idoneidade do site o qual se está comprando. Golpistas costumam anunciar esse tipo de promoção justamente para atrair bastante interessados e, assim, dar um golpe que lhes renda muito dinheiro.

Os executivos de grandes empresas, em especial de e-commerce, também precisam adotar medidas urgentes para evitar que seu consumidor seja lesado, pois isso interfere diretamente em seu caixa, já que além de perder o freguês ainda vai ter que arcar com possíveis prejuízos. Como os golpes estão cada vez mais elaborados, o ideal é a contratação de mais de um sistema antifraude. 

Existem diversas tecnologias antifraudes que podem ser adotadas. Uma delas é a utilização de Big Data, que nada mais é do que um grande armazenamento de dados a respeito de um consumidor. Assim, por meio de Inteligência Artificial é possível definir uma espécie de padrão de consumo e ligar um alerta caso as compras estejam fora do usual para aquele usuário.

Há também a confirmação de segurança em duas etapas, que exige que o consumidor abra um outro dispositivo e confirme por lá se é ele mesmo que está realizando aquela compra, o que inibe a ação do golpista que não tem acesso a esse novo aparelho. Alguns e-commerces também se baseiam na geolocalização do usuário e a comparam com histórico de compras, definindo assim se aquele endereço é regular ou não. Além disso, há o Machine Learning, tecnologia em que o próprio sistema já aprende sozinho e reconhece fraudes corriqueiras do mercado e as bloqueia automaticamente.

Assim, a empresa tem maior garantia de sucesso, pois dificulta o trabalho do malfeitor, diminuindo para quase zero as chances de ele ser bem sucedido em um crime. Além disso, ela ganha mais tempo para administrar o negócio, não sobrecarregando suas equipes com o gerenciamento de fraudes. Outro fator positivo é a economia a curto e longo prazo,  pois contratar um serviço é mais em conta do que precisar empregar mais funcionários para a função. 

Porém, o principal ganho é a credibilidade junto ao público final, que passa a se sentir cada vez mais seguro para fazer transações online e colocar seus dados na plataforma. Empresas que dão exemplo no quesito de combate a fraudes ganham uma certificação que ajuda o consumidor a entender a confiabilidade dela, o que só gera ainda mais valor de marca. Assim, além de fazer o seu trabalho direito e garantir um bom saldo no final do mês, as companhias só tendem a crescer e desenvolver negócios cada vez mais estratégicos.

Vasco Pineda, launcher da Yuno.

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