O grupo de comunicação Viacom, proprietário da MTV e do estúdio de cinema Paramount, iniciou um processo nesta terça-feira (13/3) contra o Google e seu site de compartilhamento de vídeos YouTube, sob a alegação de "violação em massa e intencional de direitos autorais", e pediu indenização de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,09 bilhões). Na ação, a empresa exige indenização de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2,09 bilhões). Além do ressarcimento, a Viacom pede que sejam adotadas as medidas para que o Google e o YouTube parem de veicular conteúdos de sua propriedade.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, o processo foi apresentado a uma corte distrital de Nova York. Em nota divulgada à imprensa, a Viacom afirma que "o YouTube é uma importante e lucrativa empresa que construiu seu modelo de negócios explorando a devoção de fãs pelo trabalho criativo de outros autores (…). Seu modelo é claramente ilegal e está em conflito com as leis de copyright".
A Viacom assegura que mais de 160 mil vídeos do YouTube contêm material seu, que por sua vez já foram vistos mais de 1,5 milhão de vezes. A empresa justificou que a abertura do processo visa a "impedir a Google e o YouTube de continuar roubando dos artistas o valor de seu trabalho e obter compensações pelos danos importantes que causaram". A empresa revelou que tentou em vão negociar com as duas empresas antes de entrar na justiça, alegando que já havia apresentado queixa contra as duas empresas exigindo a retirada de 100 mil vídeos piratas extraídos de suas transmissões na TV.
Há alguns meses, grandes redes de TV, estúdios de cinema e gravadoras musicais vêm tentando sem sucesso fazer o YouTube pagar pelos vídeos que divulga, mas a maioria tem preferido colaborar em troca da promessa de uma divisão das receitas publicitárias ainda inexistentes. O Google enfrenta atualmente outras ações na Justiça movidas por diversas editoras de livros e grupos de imprensa por violação de direitos autorais.