O déficit da balança comercial de produtos eletroeletrônicos atingiu US$ 3,09 bilhões em janeiro, um aumento de 8,7% em relação ao registrado no mesmo mês de 2012, quando totalizou US$ 2,84 bilhões. O resultado é consequência da queda nas exportações e ao crescimento das importações, de acordo com levantamento divulgado nesta quarta-feira, 13, pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Para este ano, a estimativa é que o déficit atinja US$ 35,5 bilhões, alta de 9,2% na comparação com os US$ 32,5 bilhões apurados em 2012.
Em janeiro, as exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 487,4 milhões, 3,8% inferior às registradas no mesmo mês do ano passado (US$ 506,7 milhões). As vendas de materiais elétricos de instalação foram as que apresentaram a maior retração (-39,5%). Também apontaram retrações as vendas externas de bens de informática (-9,9%), cujo destaque foram as reduções nas exportações de impressoras (-24%); de componentes elétricos e eletrônicos (-9,8%) e itens de automação industrial (-8,9%).
Por outro lado, as exportações de bens de GTD (geração, transmissão e distribuição de energia elétrica) aumentaram 29,1% comparadas a janeiro de 2012, totalizando US$ 38,2 milhões. As exportações de telefones celulares também registraram crescimento, de 12%, somando US$ 10 milhões.
Já em relação ao mês imediatamente anterior, as exportações recuaram 20,1%, com queda em quase todas as áreas, com exceção apenas de material elétrico de instalação, que apresentou aumento de 16,8%.
Aumento das importações
No mês de janeiro, as importações de produtos da indústria elétrica e eletrônica ficaram 6,8% acima das ocorridas no mesmo mês do ano anterior, atingindo US$ 3,57 bilhões. A maior taxa de incremento foi da área de GTD, que atingiu 113%, passando de US$ 134,9 milhões, em janeiro de 2012, para US$ 287,3 milhões em igual mês deste ano. Aumentaram, também, as importações de componentes elétricos e eletrônicos (8,7%) e de bens de automação industrial (4,6%).
O segmento que apresentou a maior taxa de retração foi informática (-14,4%), com recuo de 29% nas importações de máquinas de processamento de dados (US$ 53 milhões). As demais áreas apontaram quedas a partir de 10,6%, caso de material elétrico de instalação, até 4,5%, em equipamentos industriais.
Em comparação com o mês imediatamente anterior, as importações aumentaram 29,2%. Com exceção dos bens de Informática (-21,5%), as compras externas de produtos das demais áreas do setor cresceram, atingindo incremento de até 86%, como no caso de GTD.