A NetApp, fornecedora de soluções e equipamentos de armazenamento e gerenciamento de dados, planeja cortar 600 empregos, ou cerca de 5% de sua força de trabalho. Em conunicado enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão que regula as empresas cotadas em bolsa nos Estados Unidos, a empresa justifica as demissões em razão da retração nas vendas causada em parte pela diminuição da procura de agências federais americanas.
Ainda segundo a empesa, a redução de pessoal vai gerar custos de US$ 35 milhões a US $ 45 milhões, principalmente no trimestre que termina em 30 de abril.
O crescimento da receita da NetApp desacelerou para 1,6% no ano fiscal de 2013, comparado com uma média de 22% de expansão nos três exercícios anteriores, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. No relatório do seu terceiro trimestre fiscal de 2014, encerrado no mês passado, a empresa diz que a redução dos gastos federais em tecnologia de informação pesou significativamente na receita total, e analistas estimam a queda nas vendas será inalterada neste ano fiscal.
"Os cortes de empregos vai ajudar a NetApp a concentrar o foco em iniciativas estratégicas e a se reorganizar, 'à luz do ambiente restrito de gastos com TI'", disse a empresa no documento.
No ano passado, a NetApp já havia fechado 900 postos de trabalho, depois da forte pressão feita pelo investidor ativista Paul Singer, o bilionário dono do fundo de hedge Elliott Management Corp., com sede em Nova York, que havia adquirido uma participação significativa na empresa.
O anúncio dos cortes, feito na quarta-feira, 12, fez com que as ações da NetApp subissem 1,1%, negociadas a US$ 37,85 no encerramento do pregão da bolsa eletrônica Nasdaq. Nesta quinta-feira, 13, no entanto, os papéis tiveram queda de 1,82% e fecharam dia valendo US$ 37,16. Neste ano, as ações da empresa já caíram 8% até agora.