Um estudo recente da Kaspersky mostra que mais que 50% das empresas brasileiras implementaram a inteligência artificial (IA) e a Internet das Coisas (IoT). Além disso, mais de 30% planejam adotar essas tecnologias interconectadas em até dois anos.
As tecnologias interconectadas formam uma rede que inclui cada vez mais um número maior de dispositivos, sistemas e aplicações conectados à Internet e entre si. Eles transformam as organizações, permitindo-lhes coletar mais dados e automatizar processos.
Para os especialistas da empresa, apensar desses benefícios, elas também representam novos riscos e desafios quando se trata de proteger os ativos empresariais e salvaguardar a privacidade dos clientes.
Frente a esse contexto, a Kaspersky realizou o estudo "Conectando o futuro da empresa", que visa ajudar as empresas a ficarem à frente das mudanças que as tecnologias interconectadas trazem, levantando questões fundamentais sobre como a cibersegurança deve adaptar-se a elas. Com esse objetivo, a empresa realizou uma pesquisa com 560 líderes sênior da área de segurança de TI na América do Norte, América Latina, Europa, Oriente Médio e África, Rússia e Pacífico Asiático.
Nessa pesquisa, a Kaspersky buscou examinar o que os participantes acham das seguintes tecnologias interconectadas:
• Inteligência artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT)
• Realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e gêmeos digitais (digital twins)
• 6G (a próxima geração de comunicação sem fio, com velocidades ultrarrápidas e novos recursos de conexão)
• Web 3.0, que possibilita aplicativos descentralizados, contratos inteligentes de blockchain e dados gerenciados pelo usuário
• Espaços de dados, que permitem o compartilhamento contínuo de dados em configurações colaborativas.
A pesquisa mostrou que a IA e a IoT já são usadas por 59% e 51% das empresas brasileiras, respectivamente. Sendo que 31% e 34% delas planejam adotá-las em até dois anos. Os espaços de dados são usados por 47% das organizações no Brasil, e 41% delas pretende adotá-los em breve.
Outras tecnologias interconectadas, como web 3.0, digital twins e realidade aumentada, aparecem com uma taxa de adoção de 37%, sendo que outros 37% planejam implementar essas soluções em até dois anos. Já a tecnologia 6G registrou 25% do empresas já a usando e 53% planejando adotá-la em dois anos.
Por terem se tornado tão difundidas, a IA e a IoT se tornaram alvos dos ciberataques. Segundo a pesquisa, 40% das organizações acham difícil (muito, extremamente ou apenas difícil) proteger a IA e a IoT, enquanto só 10% não tem problema em protegê-las.
"As tecnologias interconectadas abrem enormes oportunidades de negócios, mas também introduzem uma nova era de vulnerabilidades e ciberameaças importantes. Com um volume crescente de dados coletados e transmitidos, as medidas de cibersegurança precisam ser fortalecidas. As corporações devem proteger seus ativos críticos, conquistar a confiança dos clientes em meio ao crescente cenário interconectado e garantir que haja recursos adequados alocados à cibersegurança para combater os desafios da tecnologia interconectada que chegam", comenta Ivan Vassunov, vice-presidente de produtos corporativos da Kaspersky.
Considerando a escala das mudanças que as tecnologias interconectadas provavelmente gerarão, as organizações devem desenvolver uma estratégia para implementá-las e protegê-las. Com base nos resultados da pesquisa, a Kaspersky recomenda:
1. Adotar princípio "secure-by-design" ao integrar a cibersegurança em todos os estágios do ciclo de vida de desenvolvimento, o software e hardware "secure-by-design" torna-se resistente a ciberataques, contribuindo para a segurança geral dos sistemas digitais.
2. Treinar e qualificar melhor sua força de trabalho. O desenvolvimento de uma cultura de conscientização cibernética requer uma estratégia abrangente capaz de capacitar os funcionários para obter conhecimento e colocá-lo em prática. Com os treinamentos da Kaspersky, os profissionais da área de segurança das informações podem melhorar suas habilidades e defender suas empresas de ataques.
3. Atualizar as soluções de cibersegurança e usar plataformas centralizadas e automatizadas, como o Kaspersky Extended Detection and Response (XDR). Conforme as empresas adotam tecnologias interconectadas, elas precisam de soluções de cibersegurança com recursos mais avançados, que permitam coletar e correlacionar a telemetria de várias fontes e fornecer uma detecção de ameaças eficaz e a rápida resposta automatizada.
Como muitas soluções de IA são compiladas em contêineres, é importante proteger a infraestrutura em que estão integradas com produtos de cibersegurança – por exemplo, o Kaspersky Container Security – que permitam que as empresas detectem problemas de segurança em cada estágio do ciclo de vida dos aplicativos, do desenvolvimento à operação.
4. Enquadrar-se nos regulamentos para evitar problemas legais ou danos à reputação, garantindo que sua prática de cibersegurança cumpra os dinâmicos padrões e requisitos legais.