Dilma diz que 'produção de tecnologia é a nova agenda do Brasil'

0

A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira, 13, que a inovação e a geração de conhecimento tecnológico passam a integrar a “nova agenda para o Brasil” e são parte das ações para desmontar os entraves ao crescimento sustentável do Brasil. “Temos de ser contemporâneos do momento histórico e apostarmos em ciência e tecnologia, inovação e educação”, disse, durante discurso na solenidade de apresentação do Programa Senai de Apoio à Competitividade, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.


Dilma situou as ações para geração de conhecimento tecnológico no mesmo patamar das medidas macroeconômicas que vem sendo adotadas para aumentar a competitividade e a produtividade da indústria nacional. “Além de colocar os juros e o spread [a diferença entre as taxas de juros pagas elos bancos aos poupadores e a taxa cobras de tomadores de empréstimos] no padrão internacional, desonerar tributos sem comprometer a situação macroeconômica do Brasil e atuar contra a chamada desvalorização [cambial] competitiva, temos de ter capacidade de projetar, de fazer engenharia”, disse.

O discurso da presidente ocorre dez dias depois do anúncio de novas medidas de estímulo à competitividade indústria e dois dias após retornar de viagem aos Estados Unidos, onde além de se reunir com o presidente Barack Obama, visitou a Universidade Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Dois dos mais importantes centros de produção tecnológica do mundo, Harvard e o MIT estão entre os centros de excelência estrangeiros que vão receber 101 mil estudantes graduando e pós-graduandos brasileiros das áreas de ciências, química, biologia e engenharia. “Temos de investir na capacidade de transformar ideias em ação e, no caso do Brasil, de forma mais acelerada para reduzir os nossos gargalos”, disse.

A solenidade marcou o repasse de R$ 1,5 bilhão do BNDES para financiar parte do programa do Senai, uma das ações previstas pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), criado por Dilma em outubro de 2011. Outros R$ 400 milhões serão recursos próprios da entidade.

As ações previstas incluem a instalação de 23 institutos de inovação, 38 institutos de tecnologia, a construção de 53 centros de formação profissional e a reforma de 250 escolas até 2014. Os institutos de tecnologia vão oferecer às empresas serviços de metrologia, ensaios e testes laboratoriais para atestar ou elevar a qualidade dos produtos brasileiros. Hoje, a maior parte desse serviço é feito no exterior.

Esses institutos também vão oferecer educação profissional em todos os níveis, inclusive cursos superiores. Com esse investimento, o Senai deve alcançar 4 milhões de matrículas ao ano em 2014, quase o dobro das 2,5 milhões registradas no ano passado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.