Seguindo a tendência global de tirar do papel metas de sustentabilidade, o Brasil assiste a uma série de iniciativas voltadas à responsabilidade socioambiental. No último dia 7, o Banco Central propôs uma consulta pública para aprimorar regras de gerenciamento de riscos e responsabilidade social, ambiental e climática para instituições financeiras.
Na quinta-feira foi a vez de a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que reúne mais de 280 empresas e instituições representantes do agronegócio, meio ambiente, setor financeiro e academia, enviar ao governo federal uma carta cobrando metas mais efetivas em relação ao desmatamento ilegal e ao clima. No entanto, por mais que a movimentação seja positiva, o Brasil enfrenta um obstáculo considerável para a adoção de uma agenda verde: a ausência de tecnologia de análise por parte das empresas.
De acordo com a TBL Manager, que fornece uma plataforma de gestão de dados para governança em sustentabilidade focada no ESG, uma dificuldade é que as empresas, em geral, ainda não sabem como tratar as informações de desenvolvimento sustentável dentro de um padrão. "Cada empresa emprega ESG de acordo com seus métodos e objetivos. O desafio é organizar essas informações de acordo com indicadores, regulamentações e padrões locais e globais", afirma o consultor sênior de sustentabilidade e COO da TBL Manager, Rafael Morales.
Para suprir a carência ou falta de conhecimento de soluções que sistematizam a gestão de informações de sustentabilidade e facilitam as práticas de governança, a TBL desenvolveu um sistema (SIS- Sistema de Indicadores de Sustentabilidade) pioneiro guiado por uma lógica de uso da aplicação nas áreas de sustentabilidade. "O SIS permite uma gestão eficiente dos dados socioambientais, trazendo, assim, agilidade operacional e na tomada de decisão, podendo ser usado inclusive por companhias que nem têm área de sustentabilidade, mas precisam de uma política eficiente", completa Morales.
Segundo a TBL, a procura pela plataforma e o número de usuários dobrou nos últimos dois anos, em especial no Brasil. "O emprego da tecnologia ajuda os investidores a avaliar a exposição ao risco e a sustentabilidade no longo prazo, por meio de indicadores padrão e customizados", finaliza.