Após decreto, DEM reafirma que irá à Justiça contra PNBL

0

A liderança dos Democratas voltou a criticar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) do Governo Federal. Em nota oficial, o líder do partido na Câmara dos Deputados, Paulo Bornhausen (SC), reiterou a decisão do DEM de contestar judicialmente a política pública, oficializada nesta quinta-feira, 13, por meio de decreto presidencial. "A publicação do decreto só fortaleceu a decisão dos Democratas de questioná-lo na Justiça", afirma o líder.
Segundo Bornhausen, "o decreto saiu pior do que a encomenda" e ampliou os temores do partido de uso político-eleitoral do projeto. "É um decreto curto, enxuto, porém todo embasado em generalizações", reclama o parlamentar. "O Comitê Gestor tem poderes surpreendentes e, mais uma vez, nada específicos. Quem vai definir os critérios que julgarão que uma área não está tendo atendimento adequado?", questiona logo depois.
A falta de "oferta adequada" de banda larga por parte das empresas é citada no decreto como premissa para que a Telebrás possa atender o consumidor final, embora a ideia central do projeto ao reativar a estatal seja a de oferta de capacidade apenas no atacado. Desde que a expressão apareceu pela primeira vez no fato relevante que confirmou a Telebrás no PNBL, a definição do que seria ou não uma oferta adequada virou o principal motivo de preocupação por parte das empresas.
Para o líder, a falta de clareza nesta definição pode abrir caminho para um uso político do projeto. "O governo vai escolher, a dedo, evidente que com critérios absolutamente político-partidários, onde irá atuar." Diz ainda que a Telebrás irá contar com "vantagens fiscais sobre as operadoras privadas da localidade, evidenciando a concorrência desleal".
"Que investidor estrangeiro vai querer vir para o país para submeter seus recursos a uma regulação incerta?", protesta o líder do DEM, referindo-se à reativação da estatal. Bornhausen insiste na tese de que a reestruturação da empresa só pode ser feita por meio de lei e que a publicação do decreto revitalizando a Telebrás "traz uma estupenda insegurança jurídica ao setor".
O deputado também reclamou da tentativa do governo de votar ontem o PL 1.481/2007, conhecido como nova Lei do Fust, que permitirá a aplicação dos recursos também para projetos de banda larga. "O governo, também no caso da aplicação dos recursos do Fust, definirá os critérios e as prioridades. E todos sabemos que a única prioridade para o setor que o governo tem é construir cenários para o programa de televisão de Dilma Rousseff", ataca o líder do DEM.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.