A Oi encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 496 milhões, contra R$ 11 milhões registrados em igual período do ano passado. A receita bruta consolidada subiu 2,7% em relação aos primeiros três meses de 2009, chegando a R$ 11,5 bilhões, e a receita líquida consolidada atingiu R$ 7,5 bilhões. Os dados incluem a Brasil Telecom, adquirida em janeiro do ano passado.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciações e amortizações) alcançou R$ 2,53 bilhões, alta de 6,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A margem Ebitda foi de 33,9%, contra 31,7% registrada no mesmo período de 2009. O resultado foi determinado, principalmente, pela redução de custos e despesas operacionais obtidos com os ganhos de sinergia a partir da conclusão do plano de integração com a Brasil Telecom.
De março de 2009 a março deste ano, a companhia conquistou 4,6 milhões de novos clientes, encerrando o período com 62,2 milhões de usuários. Deste total, 21,1 milhões estavam em telefonia fixa, 36,6 milhões em telefonia móvel, 4,3 milhões em banda larga fixa e 283 mil em TV por assinatura. A expansão foi liderada pelo serviço de telefonia móvel, que apresentou um aumento de 15% na base de clientes em comparação com março do ano passado. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pela operação da companhia em São Paulo. No final do trimestre, o estado de São Paulo representava 16% da base de clientes móveis da Oi, com 5,7 milhões de usuários. Na Grande São Paulo, a participação da empresa chegou a 16,4% nos primeiros três meses do ano. A receita operacional bruta do serviço de telefonia móvel atingiu cerca de R$ 2,6 bilhões, um aumento de 14,6% em relação ao primeiro trimestre de 2009.
Em linha com a estratégia da companhia para este ano de aumento de rentabilidade, a receita média por usuário (Arpu) da telefonia móvel apresentou crescimento de 3,3% em comparação com os primeiros três meses do ano passado, fechando em R$ 21,8 – considerado bom número nesse mercado. O aumento reflete, principalmente, a expansão das receitas de dados. Considerando os serviços de banda larga fixa e móvel, a companhia conquistou 629 mil novos clientes de março de 2009 a março deste ano, alcançando cerca de 4,8 milhões de usuários, sendo 4,3 milhões na fixa e 488 mil na móvel.
Os custos e despesas operacionais (excluindo depreciações/amortizações) totalizaram R$ 4,9 bilhões de janeiro a março deste ano, queda de 10% em relação as trimestre anterior e de 7% em comparação como mesmo período do ano passado. Em relação aos custos recorrentes de 2009, a redução foi de 4,6% e 3,5%, respectivamente.
Os investimentos somaram R$ 372 milhões no trimestre, representando aproximadamente 5% da receita líquida consolidada. Desse total, 36% foram alocados na expansão da cobertura do serviço de telefonia móvel e 42% em transmissão de dados. No último trimestre de 2009, houve uma concentração nos investimentos, que somaram R$ 1,9 bilhão. Para este ano, a companhia continua com a meta de investir de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões.
Ao fim de março, a dívida líquida da empresa era de aproximadamente R$ 21,3 bilhões, uma queda de R$ 620 milhões em relação a dezembro de 2009. Com isso, a dívida líquida caiu para 2,1 vezes o Ebitda no final do primeiro trimestre.
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