A importância da governança de dados para o uso inteligente de IA na nuvem

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Nos últimos anos, tem sido difícil falar sobre negócios e tecnologia sem se deparar com debates sobre o uso de inteligência artificial (IA). Os números confirmam essa impressão: de acordo com o relatório Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, mais de 75% das empresas buscam implementar ferramentas de IA em seus negócios. Quando o recorte é regional, os dados mais recentes apontam que projetos de IA já estão em andamento em 80% das empresas latino-americanas, segundo o estudo Inteligência Artificial na América Latina 2023, elaborado pela NTT DATA em parceria com o MIT Tech Review.  

A jornada do uso da inteligência artificial não só vem se desenvolvendo como deu um salto, evoluindo da IA preditiva, de análise de dados, para a IA generativa, que passa a criar conteúdo a partir de uma base de dados. Nesse sentido, identificar a necessidade do cliente se tornou uma tarefa mais fácil e as fornecedoras de nuvem estão focadas em lançar mão de ambos os tipos de IA para oferecer melhores experiências e soluções de dados a seus clientes. 

Entre os benefícios da inovação, está a melhoria de performance, a automatização de tarefas, ajuda na tomada de decisões, redução de retrabalho e melhoria de eficiência operacional. Em outras palavras: a inovação funciona como um propulsor de negócios.  

Com a informação apresentada pela IA preditiva em um projeto, é possível tirar insights para uma análise utilizando a IA generativa. Com os prompts corretos, isto é, comandos e instruções de dados para a geração de respostas que você precisa, é possível contemplar uma gama enorme de cenários do passado, presente e futuro. "Qual atividade passada não repetir?", "Onde vou estar daqui a cinco anos?", "O que eu posso fazer para melhorar um determinado indicador?". 

Porém, projetos que utilizam IA só funcionam a partir de uma boa base de dados para ser utilizada como base de conhecimento. Por isso, é importante a organização de dados da empresa como um todo, ou seja, que haja uma governança, o chamado data ready, em que a IA preditiva é fundamental. A maioria das empresas possui dados que valem muito, mas não conseguem usá-los por não estarem estruturados de forma correta. Assim, ter boas práticas deve ser a primeira etapa para alcançar maior disponibilidade de dados com qualidade para se trabalhar. Só então é possível aproveitá-los da forma correta com a IA generativa para soluções que atendam cada tipo de negócio dos clientes.  

O uso de IA na nuvem é uma solução segura que, como toda inovação, exige cuidados para mitigar riscos. E, apesar da euforia dos resultados aparentemente instantâneos, a inteligência artificial deve ser encarada como algo sustentável, que acompanha os negócios por longos períodos.  

Cada empresa possui sua própria estrutura de dados e, geralmente, empresas já consolidadas tendem a ficar receosas em passar por um processo de organização das suas informações. Mas para a IA, quanto mais fontes houver, melhor. O desafio é encontrar a governança de dados que funcione para sua empresa. 

Dennys Cabrerizo, Gerente de Arquitetura da Dedalus.

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