Em março desse ano, nos Estados Unidos, Agência de Proteção Ambiental e a Casa Branca reuniram-se com os governadores de cada estado para que até o dia 28 de junho fossem elaborados planos de segurança cibernética para instalações de água. A pauta da reunião foi impulsionada após a crescente ameaça hacker a esse setor.
Em entrevista ao WSJ, Kevin Morley, gerente de relações federais da American Water Works Association, disse que muitas das instalações necessitam de ajuda para proteger seus sistemas, uma vez que, não possuem orçamento ou pessoal específico para cibersegurança.
A associação a que Morley faz parte combateu um projeto de lei americano recentemente, o qual exigia uma melhora na segurança contra invasões cibernéticas em sistemas de água, na ocasião disseram que os custos dessas proteções estariam fora da realidade de muitas instalações.
Em texto também publicado no WSJ, Frank Ury, presidente do conselho do Distrito Hídrico de Santa Margarita, assegurou que a maior preocupação é que os hackers estejam inativos dentro dos sistemas, e que estejam planejando um ataque coordenado, visando afetar o país em larga escala. "A maioria das agências não sabe que foi comprometida", disse ele.
Segundo especialistas em segurança hídrica, caso hackers consigam invadir essas instalações, eles poderiam ajustar os níveis de produtos químicos na água, interromper o fluxo de água ou até o funcionamento dos sistemas de águas residuais.
Durante a conferência de segurança em Munique, o diretor do FBI, Christopher Wray, acusou a China de implantar secretamente um malware ofensivo nas redes de infraestrutura crítica dos EUA. Esse fato fez com que o país iniciasse as discussões de segurança nas instalações.
No mês passado, dois deputados propuseram a criação de um órgão governamental responsável por desenvolver mandatos de segurança cibernética para sistemas de água e garantir o cumprimento de novas regras.