A oferta pública inicial de ações (IPO) da Redecard na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), nesta sexta-feira (13/7), movimentou R$ 1,669 bilhão, com 21.953 operações de negócios fechadas durante o dia, e os papéis chegaram a ter valorização de até 30%, quando foram cotados a R$ 34,98. Foi uma das estréias mais espetaculares já vistas e o maior IPO da história da Bovespa.
As ações fecharam o pregão valendo R$ 33,50, o que representa alta de 24,07%. A empresa ofertou 140.827.527 ações (das quais 15.555.555 foram novas ações) e a grande procura pelos papéis puxou para cima seu preço inicial, que foi fixado em R$ 27 ?? a estimativa do Unibanco, coordenador do IPO, era de que o valor ficasse entre R$ 20 e R$ 25. Com a operação, a Redecard conseguiu captar R$ 4,072 bilhões.
Criada em 1996, a Redecard é resultante da cisão da Credicard, até então controlada pelos bancos Citibank, Itaú e Unibanco. A sociedade com a Credicard foi desfeita, mas mantida na Redecard, que é responsável pelo processamento de transações financeiras dos cartões de débito e crédito das bandeiras MasterCard, Mastercard Maestro, RedeShop, MasterCard Electronic, Maestro e Diners Club International. Ela oferece ainda outros produtos e serviços para 1 milhão de estabelecimentos comerciais conveniados e tem cerca de 34% de participação de mercado e faturamento anual de mais de R$ 1 bilhão.
De acordo com a empresa, os recursos obtidos com o IPO serão utilizados no desenvolvimento de sua infra-estrutura tecnológica, compra e a manutenção de equipamentos e aquisição de softwares.