O uso de tecnologia no combate à fraudes, à corrupção e ao crime organizado foi tema de audiência pública, nesta sexta-feira (13/7), no plenário da Câmara dos Deputados. A audiência, promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, contou com a participação de instituições governamentais e empresas privadas que se reuniram para apresentar as possibilidades que a tecnologia oferece para agilizar os processos de investigação, apuração e auditoria de crimes contra o Estado.
O diretor-superintendente do Serpro, Gilberto Paganotto, participou da mesa de expositores da audiência e ressaltou que a função do Serpro, como empresa pública de TI, é desenvolver soluções eficazes e capazes de suprir as necessidades do governo federal. "O Serpro não trabalha com a incumbência de investigação, mas auxilia, conforme a demanda, os órgãos da União na criação de soluções e sistemas que permitem a transparência dentro do Estado e o combate a fraudes. Além de auxiliar as investigações de cada órgão provendo informações relevantes para os processos de apuração e auditoria", explicou.
Paganotto acrescentou que algumas soluções do Serpro, como o Comprasnet, o novo passaporte, o Siscomex, o Siafi, o e-Marcas e o Sped contribuem diretamente no combate a possíveis fraudes, em diversas áreas de atuação do governo. Ele completou que o Serpro investe, atualmente, em inteligência artificial e cruzamento de dados para coibir ações fraudulentas, além do constante processo de segurança da informação em que a empresa está inserida, com utilização de forense computacional, ações preventivas dentro do Serpro e para o cliente. O diretor ressaltou, também, que o Serpro tem novas metas e uma das prioridades é o investimento interno em novas tecnologias e pessoal qualificado para que seja possível atender os clientes da melhor forma possível.
As soluções tecnológicas favorecem o tratamento do material probatório das investigações e auditorias, auxiliam na coleta, normatização e análise dos dados, e por fim, geram o conhecimento útil. Carlos Roberto Yoshoka, controlador do TCU, explicou que o Tribunal tem se adiantando no combate à fraude dos recursos federais, e para isso, se utiliza de várias ferramentas. Entre elas, o data warehouse Síntese, desenvolvido pelo Serpro em parceria com o tribunal, que disponibiliza informações cruzadas dos programas: Siafi, Siasg, Sidor, Rais e outros. "A solução data warehouse facilita o trabalho do TCU porque permite o acesso às informações, armazenadas na base de dados do Serpro, pela Intranet do tribunal?, acrescentou Yoshoka.
O software I2, desenvolvido pela empresa Tempo Real, foi apresentado durante a audiência como um instrumento tecnológico de sucesso para a apuração de dados. O software permite a criação de diagramas com base em cruzamento de dados, em vários parâmetros e apresentação visual. O I2 foi analisado pelo Serpro e aprovado como uma solução segura para a utilização do governo federal, o software tem auxiliado os trabalhos de apuração de comissões da Câmara, Senado e outros órgãos de governo.
A Controladoria Geral da União (CGU) apresentou o case Portal da Transparência, construído pelo Serpro em conjunto com a CGU, como uma das estratégias de prevenir à corrupção. Ainda participaram do evento representantes do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Ministério da Justiça), Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro) e Associação Brasileira de Empresas e Software (Abes).
Com informações da Agência Câmara.