Um relatório da KPMG aponta as dez considerações que as empresas devem ter sobre o uso da inteligência artificial generativa nos negócios. O documento aborda ainda possíveis casos de uso e oportunidades, traz ainda uma visão do mercado e elenca os modelos mais usados e como podem ser aplicados nas organizações.
"Essa ferramenta tem o potencial de transformar as empresas, automatizando e executando tarefas baseadas em diversos idiomas com velocidade e eficiência sem precedentes. Esses modelos podem ter aplicações em tecnologia da informação, auditoria, recursos humanos, operações e muitas outras funções de negócios. Podem atuar como um ponto de partida para a inspiração humana, fornecendo ideias que podem ser transformadas em um pensamento novo e criativo", afirma o sócio-líder de segurança cibernética e privacidade da KPMG no Brasil e na América do Sul, Leandro Augusto.
Dez considerações sobre o uso da inteligência artificial generativa nos negócios:
1 – As soluções de IA generativa mais comuns podem ser divididas em cinco categorias: geradores de conteúdo, extratores de informações, chatbots inteligentes, tradutores de linguagem e geradores de código.
2 – Os modelos generativos de inteligência artificial podem resumir artigos, redigir e-mails e produzir imagens e vídeos. Treinados por humanos, eles têm as habilidades de conversação para, por exemplo, responder a perguntas de acompanhamento, admitir erros, contestar suposições incorretas e filtrar ou rejeitar solicitações inadequadas;
3 – O ChatGPT é um robô treinado a partir de instruções humanas. O modelo inicial desse recurso (GPT-3 5) tinha 175 bilhões de parâmetros e foi treinado com mais de um milhão de conjuntos de dados ou 500 bilhões de tokens (palavras ou palavras fragmentos). O GPT-3 5 não estava conectado à internet e foi treinado com dados até setembro de 2021.
O GPT-4, o novo grande modelo multimodal da OpenAI, evoluiu para uma opção que utiliza uma linguagem ainda mais avançada.
4 – Os modelos de IA generativa são usados em várias funções de negócios, desde tecnologia da informação, recursos humanos e operações, para finanças, auditoria, jurídico e marketing. Aplicações adequadas incluem elaboração de propostas, desenvolvimento e teste código e extrair e resumir informações complexas.
5 – A inteligência artificial generativa usa entradas de dados ou parâmetros para aprender e construir conhecimento. A menos que você restrinja explicitamente o provedor de aplicativos, esses dados podem ser usados para responder a uma solicitação de outra pessoa, possivelmente expondo as informações proprietárias de uma organização ao público.
6 – Dependendo de como você usa e implementa a inteligência artificial generativa, as atividades podem expor propriedade ou segredos comerciais e expor a organização ao risco de fraude. É importante estar atento e certificar-se de que a empresa não está usando o recurso de forma que viole as leis aplicáveis (incluindo leis de privacidade), clientes acordos ou normas profissionais;
7 – A cópia de informações ou códigos produzidos pela inteligência artificial em qualquer produto pode constituir direitos autorais ou violação de propriedade intelectual. Isso pode causar danos legais e à reputação da sua organização;
8 – Esperamos que as versões de código aberto continuem a ser integradas em muitas aplicações, sistemas e processos comuns, desde navegadores de internet até tecnologia conectada;
9 – A criação de diretrizes de uso seguro na empresa organização é fundamental para ajudar a garantir a utilização eficaz de aplicações generativas de inteligência artificial. A organização também deve capacitar pessoal para utilizar essa ferramenta já que o traz considerações únicas que esse recurso sozinho não pode replicar;
10 – A KPMG adota uma abordagem responsável para projetar, construir e implantar sistemas de inteligência artificial de maneira segura, confiável e maneira ética. Essa abordagem ajuda as empresas a acelerar o valor para consumidores, organizações e sociedade.
"Os modelos generativos de inteligência artificial têm o potencial de transformar as empresas e tornar as atividades mais produtivas e eficientes, mas também trazem implicações de riscos das quais precisamos estar cientes. É preciso determinar como adotá-los de forma segura, responsável e confiável e que seja estabelecido um conjunto de processos e controles internos a serem seguidos por todos", finaliza o sócio-líder de consultoria em soluções de risco da KPMG no Brasil e na América do Sul, Diogo Dias.