A União Europeia estendeu o prazo para que o Google responda às acusações de que manipula resultados de buscas para favorecer seus próprios serviços, como o Google Shopping ou Google Flight, em detrimento dos consumidores, informam a empresa e a Comissão Europeia nesta quinta-feira, 13.
Em um breve comunicado, órgão regulador antitruste do bloco disse que "concedeu uma extensão para permitir que o Google exerça plenamente o seu direito de defesa". A Comissão Europeia, que havia estabelecido a data de 17 de agosto, depois de anteriormente já ter concedido um prazo suplementar, para que o Google pudesse analisar os documentos que alegam que a empresa favorece seu serviço de compras nos resultados de buscas, deu até o final deste mês para que ela responda às acusações.
A chefe antruste da União Europeia, Margrethe Vestager, apresentou a queixa formal contra o Google em abril, quando também abriu outra investigação envolvendo seu sistema operacional para dispositivos móveis Android. Se ficar comprovado que o gigante das buscas realmente violou as regras antitruste da Europa, a empresa poderá multa em US$ 6,6 bilhões, ou cerca de 10% da sua receita anual. O órgão antitruste europeu também está investigando a Amazon.com, Apple e Facebook.
Tradicionalmente, a Comissão Europeia costuma conceder prazos longos para a defesa em casos antitruste, de maneira a garantir que a empresa tenha ampla oportunidade para se defender. Isso ajuda a evitar obstáculos legais, caso órgão regulador tenha que defender sua decisão em tribunais de apelações da União Europeia.
No início desta semana, o Google anunciou uma ampla reestruturação administrativa com a criação de uma holding chamada Alphabet, que substituirá o Google Inc. no mercado de capitais, permanecendo como companhia de capital aberto, e a nomeação do indiano Sundar Pichai para o cargo de CEO, no lugar de Larry Page. A União Europeia disse, porém, que as alterações não afetarão as investigações antitruste. Com informações de agências de notícias internacionais.