Funcionários gastam 5,9 horas em sites não relacionados ao trabalho no país

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A quantidade média de tempo na semana que os funcionários no Brasil gastam navegando em websites não relacionados ao trabalho durante o expediente é de 5,9 horas (71 minutos por dia), de acordo com a terceira edição da pesquisa Web@Work América Latina realizada pela Websense, fornecedora de soluções de segurança e produtividade de filtragem web.

Esse número, segundo o levantamento, representa um aumento considerável sobre a média semanal gasta no ano passado (4,7 horas) e em 2005 (2,1 horas). Quando perguntado aos gerentes de TI quanto tempo eles acreditam que os funcionários gastam em média na semana navegando em sites não relacionados ao trabalho, a resposta foi de 7,6 horas.

Na comparação regional, os funcionários no México admitem gastar mais tempo na semana navegando em sites para fins pessoais, com 9,6 horas em média; no Chile a média semanal é de 5 horas. A média em toda a região é de 1 hora e 27 minutos por dia, ou 7,3 horas por semana, mas os gerentes de segurança de TI estão bem conscientes dessa atividade, com 94% admitindo que os funcionários gastam pelo menos parte de seu tempo fazendo isso. Na realidade, eles dizem que, em média, seus funcionários gastam 1 hora e 47 minutos por dia surfando por diversão a partir de seus PCs de trabalho ? ou 9 horas por semana ? ligeiramente mais do que os funcionários admitem.

Nesta edição da pesquisa houve mudança na navegação pelos sites não relacionados ao trabalho. No ano passado, os mais populares no Brasil foram os de notícias, com 74% dos funcionários admitindo acessar este tipo de site durante o expediente. Nesta, o índice baixou para 40%. Por sua vez, a navegação por sites financeiros, incluindo internet banking, que no ano passado teve a indicação de 56% dos funcionários brasileiros, agora em 2007 subiu para 76%, mostrando ser esses os sites mais populares atualmente. O acesso a sites de e-mail pessoal, como Gmail, Hotmail ou Yahoo, manteve o terceiro lugar na preferência e o mesmo índice do ano passado: 32%. Muito interessante foi a visitação a blogs, que no ano passado obteve o índice de apenas 4% na visitação, mas subiu para 14%.

O acesso a programas para ligações telefônicas via internet, como o SKype por exemplo, que não entrou na pesquisa do ano passado, nesta já obteve um índice igual ao dos blogs, de 14%. Outra curiosidade do estudo é quanto ao uso de instant messaging no local de trabalho: os brasileiros (8%) são os que mais aproveitam essa ferramenta para se comunicar com os amigos durante o expediente. Esse também é o índice (8%) dos gerentes de TI brasileiros que pensam que seus funcionários realmente utilizam o sistema para tal finalidade.

No conjunto dos países pesquisados (Brasil, Chile, Colômbia e México), 97% dos funcionários acessam sites não relacionados ao trabalho a partir de seus PCs de trabalho, sendo os mais populares os sites de bancos e finanças (75%), de notícias e mídia (50%), e sites de e-mail pessoal (27%). Oitenta e sete por cento dos gerentes de TI da região admitem que seus funcionários acessam esses sites não relacionados a trabalho e 68% dos funcionários admitem visitar mais que um desses sites durante o expediente, com ainda 13% admitindo visitar cinco ou mais não relacionados ao trabalho. Embora o Brasil seja campeão no uso de instant messaging para comunicação com os amigos, ele está abaixo (12%) do Chile no uso da ferramenta para se comunicar com os colegas de trabalho (22%). E, enquanto os funcionários brasileiros admitem usar programas como Skype (14%), o índice dos demais países varia entre zero a 2% apenas.

COMPUTADOR EM RISCO

Sobre as atividades que podem colocar em risco os computadores, os brasileiros estão na frente (44%) quando o assunto é enviar documentos de trabalho para suas contas de e-mail pessoal para que possam trabalhar neles em casa. Por outro lado, bem atrás dos outros países, o Brasil é o que acusa menor índice (2%) nos acessos deliberados ou acidentais a sites com conteúdo adulto. O Brasil também é o país com menos funcionários (8%) enviando e-mails corporativos para endereços incorretos, entretanto, mais gerentes de TI brasileiros (52%) acham que os riscos aos computadores da empresa são originados dessas atividades. Curioso é que mais gerentes de TI do Brasil (8%) não têm certeza de quais são as três principais ações que colocam em risco os computadores corporativos.

Os funcionários chilenos são os que menos (22%) enviam documentos de trabalho para suas contas de e-mail pessoal para que possam trabalhar neles em casa. Mais funcionários do México admitem visitar de forma intencional ou acidental websites de conteúdo adulto (12%). E ainda: os funcionários mexicanos estão em primeiro (14%) quanto à permitir que um amigo ou familiar utilize seu computador de trabalho, seja no escritório ou em casa (o Brasil ficou em segundo lugar, com 10%), e também no envio de e-mails corporativos para endereços incorretos (26%).

Coletivamente, 56% dos funcionários dos quatro países realizam atividades potencialmente arriscadas nos seus computadores de trabalho, sendo a prática mais comum entre todos (34%) o envio de documentos dos escritórios para suas contas pessoais de e-mail para que possam trabalhar em casa. Além disso, 67% deles usam um laptop de trabalho, com 80% destes admitindo conectar-se a uma rede sem fio, com em um ciber café ou hotel, em viagens ou em trabalho remoto.

Ameaças de demissão parecem ser a norma nas empresas para que façam seus funcionários e gerentes de TI levarem a sério a segurança na internet. E os gerentes de TI do Brasil são os mais categóricos em afirmar que as atividades virtuais que impliquem em acessar material impróprio, abusar de instant messaging, vazar informações confidenciais da empresa e permitir a infecção de códigos maliciosos que afetem o processo de negócios são motivos para colocar os empregos em risco.
E, a maioria também entre os países, 56% dos gerentes de TI brasileiros acreditam que o acesso a material impróprio na internet resulte em suas demissões. Mas quando perguntados sobre as práticas virtuais que acreditam colocar seus empregos em risco, 44% dos funcionários brasileiros disseram poder ser despedidos caso sejam surpreendidos visualizando material impróprio, sendo este o menor índice entre os países pesquisados. A mesma margem, 44%, acredita que poderia ser despedida se a pegasse fazendo download de música, vídeos ou software durante o expediente (terceiro lugar entre os países). Em última colocação estão ainda os funcionários brasileiros admitindo que poderiam perder seus empregos ao colaborarem para o vazamento de informações sensíveis de suas empresas (30%) ou se forem infectados por spyware ou vírus (28%).

Um dado importante: o estudo revela que a ameaça de demissão não é a maneira realmente efetiva de controlar o comportamento dos funcionários, além de minar a motivação da equipe de segurança de TI dentro das organizações. Como exemplo, mais funcionários no México podem perder seu emprego se forem descobertos durante atividades pessoais no computador de trabalho, mas vale ressaltar que aquele país tem os piores casos de acesso a conteúdo de alto risco. De acordo com a pesquisa, os gerentes de segurança de TI do México e do Chile são os que menos se preocupam com seus empregos ? e o México tem o pior comportamento entre os funcionários, enquanto que o Chile tem o melhor. Em outras palavras, isso parece não fazer diferença. A pesquisa conclui: se as políticas impressas em papel e ameaças de demissão não funcionam, a única solução segura é o uso de soluções de segurança adequadas.

O estudo Web@Work América Latina, que está em sua terceira edição, é uma pesquisa anual para medir o uso de aplicativos e do acesso à internet no ambiente de trabalho. Pesquisando tanto funcionários como gerentes de TI, o estudo revela informações únicas sobre os hábitos de navegação de funcionários, bem como a perspectiva de gerentes de TI sobre os principais problemas de rede enfrentados hoje pelas organizações. A pesquisa foi conduzida pela Dynamic Markets.

Ao todo, foram consultadas 400 companhias com o perfil de, no mínimo, 250 funcionários do Brasil, Chile, Colômbia e México ? cem entrevistas em cada país, sendo 50 com funcionários e 50 com gerentes de TI.

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