O número de acessos em banda larga na América Latina alcançou 12,5 milhões em 2006 e deve chegar a 28,5 milhões até 2012, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan.
A consultoria atribui o crescimento aos esforços dos provedores em atrair e encorajar novos clientes a trocarem o acesso discado por uma conexão mais rápida. "Esse movimento ocorre devido a dois fatores: a migração da conexão discada para banda larga, altamente incentivada pelas empresas, e o baixo custo dos novos planos, com ofertas mais completas", afirma Andrés Sciarrotta, analista da Frost & Sullivan.
Segundo o analista, as operadoras de cabo e as de telecomunicações estão constantemente desenvolvendo estratégias para expandir a base de assinantes. A introdução de novas tecnologias, como triple play (conjunto de serviços de vídeo, voz e dados) e WiMAX, de acesso em banda larga, é um passo decisivo na direção do sucesso. "Os novos planos que incluem essas modalidades estimulam o crescimento do mercado, tanto para o acesso por cabo quanto por ADSL", revela Sciarrotta.
Mas ele alerta que os serviços de banda larga poderão sofrer um revés caso continuem a custar caro em alguns países, e também se os provedores de internet (ISPs) mantiverem cobranças extras em algumas áreas. "A maioria dos consumidores ainda está indecisa sobre adquirir banda larga, não apenas por causa do alto preço em alguns países, mas também devido ao alto custo que serviços como voz e vídeo representam para eles", observa Sciarrotta, complementando que a falta de regulação impede a distribuição total das novas tecnologias.
Aplicações mais baratas e mais personalizadas, segundo ele, permitiriam que os operadores aumentem o número de assinantes residenciais e empresariais. Nesse cenário, ele acha que o triple play pode se tornar uma opção com potencial para expandir a penetração da banda larga na região. "Para superar esses desafios, é crucial para as operadoras e para os provedores fazerem alianças e aquisições, pois assim eles podem oferecer os três serviços (voz, vídeo e dados)", sugere o analista. "Uma oferta tão completa permite que as empresas sejam mais competitivas e obtenham mais usuários", conclui Sciarrotta.
