Setor de segurança eletrônica movimenta R$ 466 milhões em 2006

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O mercado de segurança eletrônica no Brasil deve crescer, em média, 16,2% nos próximos cinco anos, sendo que neste ano deve alcançar um aumento de 23%. É o que mostra a pesquisa divulgada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Os dados apontam que o segmento cresceu 15,4% em 2006 na comparação com o ano anterior. Nesse período, o faturamento de produtos do segmento foi de R$ 466 milhões. Mas, se forem consideradas as vendas de produtos mais serviços, a receita sobe para R$ 1,25 bilhão.

O coordenador do Grupo de Mercado da Área de Segurança Eletrônica da Abinee, Guilherme Otero, diz que os setores que puxaram o crescimento no ano passado, e que devem continuar a ser os principais vetores dos índices nos próximos anos, são os de circuito fechado de TV (CFTV) e controle de acesso. "O segmento está em grande expansão e cresce o triplo da média do PIB nacional", afirmou. Otero disse esperar que os investimentos do PAC em microeletrônica impulsionem o segmento a partir do ano que vem.

A pesquisa sobre o mercado brasileiro de segurança eletrônica contemplou as áreas de alarmes contra intrusão, circuito fechado de TV (CFTV), controles de acesso, sistemas de prevenção contra Incêndio e etiquetas antifurto. "O mercado de segurança é pulverizado e engloba tanto pequenas quanto grandes empresas", observou Otero. Ele ressaltou, ainda, a luta do segmento pela regulamentação e contra a concorrência desleal.

De acordo com os dados divulgados, em 2006, o mercado cinza atingiu R$ 238 milhões, o que representa 51% do total de produtos comercializados. Com isso, o governo deixou de arrecadar cerca de R$ 140 milhões no ano passado. "A falta de conhecimento às vezes leva alguns consumidores a comprar produtos informais. O governo e outros grandes consumidores possuem exigências em relação à origem do produto", acrescentou Otero.

Regulamentação e normalização

Segundo o diretor de Segurança Eletrônica da Abinee, Eduardo Vinocur, a área criada há dois anos tem acompanhado de perto a questão do mercado cinza. A entidade tem concentrado esforços na conscientização dos consumidores e na classificação fiscal dos produtos, disponibilizando, assim, informações para fortalecer as ações da Receita Federal. "Em algumas áreas da cadeia produtiva do setor de segurança eletrônica, como no caso de informática, as ações de combate à pirataria têm sido importante", disse.

Vinocur também destacou a necessidade da regulamentação e normalização de produtos, ainda inexistentes nesse recente mercado. "A organização dessa área poderia trazer mais atratividade aos investimentos, possibilitando um crescimento ainda maior. Queremos que o governo olhe para esse segmento da eletrônica, e que seja encarado como de suma importância para o país", afirmou.

A Abinee mantém intercâmbio com associações de outros países como a Asociación Latinoamericana de Seguridad (ALAS) e a Security Industry Association (SIA) para a troca de experiências e conhecimento das regulamentações de outros países. "Procuramos uma aliança global para que as informações sejam repassadas para todo mundo", disse Vinocur.

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