Atualmente, o crescimento dos negócios no setor de manufatura depende mais da resiliência e da agilidade dos negócios. Os fabricantes, que podem alterar suas linhas de produção para atender a uma demanda maior, geram lucros rapidamente, enquanto outros que demoram para reagir, são forçados a reduzir o tamanho das operações. À medida que os consumidores se acostumam com a logística e as entregas rápidas, muitos procuram imitar essa capacidade e atender aos clientes de maneira altamente flexível.
Um elemento comum surgiu entre as empresas de manufatura que superaram com sucesso esses desafios de mercado: elas investiram em infraestrutura digital, que permite operações de negócios com maior capacidade de adaptação e flexibilidade nos processos.
De acordo com uma recente pesquisa global da McKinsey & Company, as companhias vêm acelerando seus planos e estratégias de digitalização em três e a quatro anos para melhorar a competitividade. Elas estão adotando os três pilares de uma cadeia de suprimentos ágil: tecnologia de operações abertas e conectável, mais integração com aplicativos de Tecnologia da Informação (TI) e envolvimento com um ecossistema de parceiros de negócios rigorosamente selecionados.
Os principais facilitadores de flexibilidade de negócios giram em torno da digitalização.
Uma análise mais detalhada dos três pilares da transformação digital revela as vantagens de cada um em permitir respostas rápidas às condições de mercado imprevisíveis e em constante mudança.
*Tecnologia de operações abertas – à medida que a digitalização acelera sua influência em mais aspectos das operações industriais, o hardware desempenha papel menor e o software desempenha papel mais importante no aumento da eficiência operacional.
Novas ferramentas de software abertas que atuam integradas permitem a agilidade, a inovação e a qualidade consistente necessárias para competir ao criar melhorias nas operações e entrega mais rápida de produtos altamente customizados para o mercado aos consumidores. Além disso, como os aplicativos são independentes, os usuários finais podem implementar novas maneiras de aumentar a agilidade e a produtividade da manufatura.
* Integração com aplicativos de TI – o crescimento da computação de borda (edge computing) em ambientes industriais permite o processamento em tempo real mais próximo dos operadores da planta, em vez de enviar dados para locais mais centrais na nuvem – o que torna o processo logístico mais demorado. A capacidade de analisar esses dados diretamente no ponto de criação leva a decisões mais rápidas e mais precisas do operador, ajudando a impulsionar a eficiência e a lucratividade do negócio.
A computação de borda é feita sob medida para atender às necessidades de negócios pós-pandemia, com capacidade de responder rapidamente às mudanças nas condições da linha de fabricação – a partir da conectividade e colaboração entre os parceiros da cadeia de suprimentos.
* Sólido ecossistema de parceiros – alcançar os benefícios prometidos de velocidade e flexibilidade da Indústria 4.0 depende da montagem do ecossistema certo dos parceiros. Esses parceiros devem ser fornecedores de tecnologia, integradores de sistemas de automação industrial e provedores de serviços gerenciados. Dessa forma, os fabricantes estarão em posição muito melhor para encontrar o equilíbrio certo entre custo e inovação, ao mesmo tempo que aumentam a conectividade, a resiliência e a agilidade.
Seguindo em frente, as empresas precisam antecipar o inesperado e se adaptar depressa às mudanças do mercado e aos eventos imprevisíveis. Gerenciando habilmente a convergência de tecnologias e um ecossistema abrangente de parceiros, elas estarão mais bem posicionadas a partir da digitalização de sistemas industriais para impulsionar a eficiência operacional e produtividade. Consequentemente, haverá garantia de competitividade e sucesso nos negócios.
Kenia Paim, diretora comercial da unidade Secure Power da Schneider Electric no Brasil.