Oitenta e dois por cento dos gerentes de TI no Brasil estão confiantes que suas medidas anti-spyware impedirão que spywares se infiltrem nos computadores dos funcionários. Entretanto, 60% deles admitem que algumas das estações de trabalho da empresa foram infectadas. Além disso, 36% dos funcionários brasileiros reconhecem que visitaram ou podem ter visitado sites que continham spyware no trabalho ou em dispositivos portáteis da empresa, e 48% deles assumem que seu computador ou dispositivo portátil foi ou pode ter sido afetado por spyware.
Estas são algumas das conclusões da segunda edição da pesquisa da Web@Work América Latina, encomendada pela Websense à Dynamic Markets, com funcionários e gerentes de TI de empresas do Brasil, que comparou as tendências corporativas de segurança e dos hábitos de navegação na internet com o que foi apurado no Chile, Colômbia e México.
De acordo com o levantamento, mais funcionários em nível gerencial médio no México (32%) e Chile (30%) definitivamente visitaram sites de internet no trabalho ou em um dispositivo portátil da empresa que continham spyware em comparação ao Brasil (12%).
Do total de gerentes de TI entrevistados no Brasil, 92% disseram estar em parte confiantes que o software atual de antivírus de sua empresa é capaz de impedir ataques de vírus na rede da empresa. No entanto, 30% desses executivos dizem que os sistemas de computadores de sua empresa foram infectados por vírus da web, tais como Toopher, Scob, Sober e o worm Netsky. Apenas 10% dos gerentes de TI brasileiros admitiram não estar confiantes que seu antivírus é capaz de proteger sua rede contra vírus. Mais gerentes de TI na Colômbia (100%) estão confiantes que o software antivírus da empresa é capaz de impedir ataques de vírus na rede da empresa, em comparação ao Brasil (90%).
Em relação ao phishing, 10% dos funcionários entrevistados no Brasil relataram que foram ou podem ter sido vítimas desse tipo de ataque por terem clicado em links para sites de phishing no trabalho ou em um dispositivo portátil da empresa. De forma similar, apenas 6% dos entrevistados brasileiros disseram que provavelmente forneceram dados confidenciais, pessoais ou financeiros, tais como senhas da empresa ou números de documentos, como resultado de ataques de phishing. No entanto, mais funcionários em nível gerencial médio no Chile e México (ambos 26%) dizem que foram ou podem ter sido vítimas de ataques de phishing, em comparação ao Brasil.
No que diz respeito a ameaças à segurança na internet e risco de demissão, 56% dos funcionários no Brasil acreditam que infectar a empresa com spyware malicioso ou vírus pode resultar na perda do emprego; e 32% acreditam que vazar informações confidenciais da empresa para terceiros pode causar a demissão. Mais da metade dos gerentes de TI brasileiros entrevistados (56%) acreditam que a perda ou roubo de propriedade intelectual da empresa poderia causar sua demissão.
A maior ameaça para os empregos dos gerentes de TI no Brasil é a perda ou roubo de propriedade intelectual, ao passo que no Chile, Colômbia e México parece ser queda do sistema causada por vírus. Mais gerentes de TI no Chile (44%) dizem que quedas do sistema causadas por vírus poderiam arriscar seu emprego, em comparação ao Brasil (22%).
Outro aspecto pesquisado se refere ao tempo gasto. Nesse item, 80% dos funcionários no Brasil admitiram gastar ao menos parte das horas na semana acessando sites na internet não relacionados ao trabalho em um PC ou laptop da empresa. O tempo gasto médio foi de 4,7 horas por semana (aumento em relação às 2,1 horas por semana no ano passado). Em comparação, quando perguntado aos gerentes de TI quanto tempo eles acreditam que os funcionários gastam em média navegando em sites não relacionados ao trabalho, a resposta foi 5,3 horas.
Funcionários no México gastam mais tempo navegando em sites para fins pessoais, com 7.5 horas em média por semana, em comparação ao Brasil (4.7 horas), Colômbia (3.9 horas) e Chile (3.7 horas). Os sites não relacionados ao trabalho mais populares no Brasil são websites de notícias, com 74% dos funcionários admitindo acessar este tipo de site, sites financeiros, incluindo Internet banking e investimentos (56%), e sites de e-mail pessoal (32%). Sites de comércio eletrônico, incluindo compras e leilões, também foram populares (30%). Mais funcionários no Brasil (56%) e Chile (60%) acessaram sites financeiros como Internet banking, em comparação ao México (36%). Ainda, mais funcionários no Brasil (74%), Chile (84%) e Colômbia (62%) acessaram sites de notícias no horário de trabalho, em comparação ao México (36%).
Quanto a pornografia on-line, a pesquisa revela que 12% dos funcionários no Brasil admitiram já ter visitado algum site pornográfico proposital ou acidentalmente em PC ou laptops da empresa, um aumento em relação aos 4% no ano passado. Funcionários em todos os países pesquisados admitiram ter visitado algum site pornográfico: Brasil, 12%; Chile, 14%; Colômbia, 22%; e México, 16%.