Green IT: não basta ser sustentável, tem que ser econômico

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Sabemos que o mercado brasileiro é ávido por novidades. Sabemos também que, em especial o público de TI, tem se interessado cada vez mais por novos produtos, sejam hardwares ou softwares inovadores e mais eficientes e que cada vez mais as empresas brasileiras tem aumentado seus investimentos nesta área para atingir seus objetivos de negócios.
Em soluções de TI, diante de um cenário tão próspero, por que ainda assim, não priorizamos soluções de TI Verde?
Em alguns países europeus e nos Estados Unidos há um grande incentivo por parte dos governos para a aquisição de produtos tidos como "verdes" e também, em alguns casos, falamos até de países em que há uma legislação que obriga as mesmas a investirem neste tipo de ferramenta. No entanto, no Brasil ainda não temos perspectivas governamentais para aquisição e utilização incentivada de soluções de TI Verde. Inclusive não temos leis favoráveis e muitas ainda em vigor facilitam o "abuso contra a Natureza".
Creio que, brevemente, possamos ter um "selo Procel" – hoje colado em praticamente todas as geladeiras vendidas em qualquer loja e tremendamente bem aceito pelo público- para o mundo de TI. Quem tal um software ou hardware que tenha um selo destes? Você o adotaria em sua empresa?
Mas, por que um selo em uma geladeira enche tanto os olhos do consumidor? Claro, há todo um apelo para melhoria das condições de vida, meio-ambiente, mas principalmente, este selo agrada, porque nele está clara a seguinte mensagem: "Este produto consome menos energia". E o cidadão optar por este produto por este motivo, além dele caber no seu orçamento, é óbvio. E não exatamente porque é ele "politicamente correto".
Saindo das teses, análises e elucubrações acadêmicas com a tal "linha branca", e voltando à nossa realidade de TI, inicia-se agora uma preocupação maior por parte das corporações brasileiras em ter produtos Green IT. Primeiramente pela imagem, até porque é bonito ser uma instituição/empresa preocupada com as questões ambientais. Talvez seja uma das melhores ações de marketing que uma empresa possa tomar em tempos de crise. Ser sustentável dá "branding", melhora o posicionamento da empresa e da marca, e garante maior visibilidade de mercado. Isto realmente é ótimo, mas há um benefício maior e inquestionável para as empresas ao adotarem os produtos tecnológicos direcionados à Green IT: Economia.
De acordo com recente relatório divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) sobre à capacidade de produção e vendas na Indústria Brasileira, apesar de em Abril as empresas terem tido um aumento de sua capacidade produtiva em relação a Março, o faturamento das mesmas foi 1,9% inferior no mesmo período e mais de 10% inferior se comparado com o mesmo período de 2008. Este é um dado interessante, pois se observa que falamos em um momento de retração em que há a necessidade clara de mudanças e maior efetividade com custo mínimo.
Há diversos produtos de TI no mercado com o "selo" Green. ou TI Verde. O significado é o mesmo. E vários prometem garantir a sustentabilidade por meio da economia de recursos como papel a partir da digitalização de documentos, energia elétrica, a partir do desligamento programado de computadores e outros equipamentos. Entretanto, o principal e mais relevante para a empresa que opta por este tipo de solução é o retorno financeiro. Gastar (investir, ou economizar) até 35% menos em energia elétrica significa ter uma conta de luz 35% menor em Reais todos os meses! Ou seja, de uma maneira muito simples, clara e objetiva: é ter 35% a mais de recurso financeiro disponível para a empresa e para o nosso Meio-Ambiente também. O que resulta também em maior capacidade para novos investimentos, diversificação de produtos, serviços ou mercados. Ou, pelo menos, poupar. Até porque em tempos crise, poupar pode ser uma garantia de sobrevida no mercado.
* Michelle Ribeiro, Coordenadora de Marketing/CRM da Inspirit

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