A nova diretora executiva (CEO) da HP, Meg Withman, começou a rever a separação (spin-off) da unidade de PCs, proposta por Leo Apotheker em agosto, antes de deixar o comando da empresa. Nem ela nem o comitê de diretores da empresa, no entanto, têm uma decisão sobre o assunto, mas fontes ligadas ao assunto ouvidas pelo The Wall Street Journal afirmam que uma posição deve ser tomada até o fim do mês.
De acordo com essas pessoas, Meg e outros executivos estão propensos a reverter o plano de separação, já que a divisão de PCs contribuiu com US$ 40,1 bilhões da receita e US$ 2 bilhões do lucro operacional no último ano fiscal da fabricante. Dessa forma, o spin-off diminuiria significativamente o poder de compra da HP entre os fabricantes de componentes, pois perderia escala. Isso complicaria a cadeia de suprimentos da empresa e reduzir as margens de lucro de alguns produtos. Com a separação, por exemplo, os servidores fabricados pela empresa perderiam a vantagem de preço advinda da compra de microprocessadores e discos rígidos.
Mesmo assim, alguns executivos ainda são favoráveis ao spin-off. A empresa tem tratado a medida como preferencial. Para os executivos que defendem a operação, a estratégia poderia ajudar a elevar as margens de lucro e também o preço das ações, que acumulam queda de 38% desde o início do ano.
As fontes ouvidas pelo jornal afirmam que Apotheker justificava o spin-off dizendo que a divisão de PCs estava em um “caminho diferente” do restante da empresa, cujo foco maior é no consumidor final. Elas afirmam, contudo, que o ex-CEO estava disposto a simplesmente se livrar dessa área devido à sua larga carreira construída no negócio de software.