Não é de hoje que se fala que os processos – sejam executados por pessoas ou pelos computadores – devem ser completos no sentido de mitigar o risco de fraude às empresas. Mesmo antes da pandemia, que acelerou a digitalização e o acesso à internet em situações pouco exploradas, as empresas já estavam atuando e soluções neste sentido.
De acordo com o Fraud & Abuse Report da Arkose Labs – empresa norte-americana especializada em segurança da informação – o Brasil está no ranking dos cinco países mais afetados pelas fraudes digitais no primeiro trimestre de 2020.
O mercado precisa ver que solução antifraude vai além da checagem de documento. "Um motor de decisão garante mais segurança e assertividade na venda ao utilizar parâmetros modulares, com menor custo e otimização de processos. Por exemplo, oferecemos ao mercado uma consulta inicial na base de óbito, ou seja, na primeira etapa da verificação já validamos sobre o solicitante. Ao repassar a documentação dos clientes para a análise cadastral estas empresas conseguem um retorno com agilidade de situações suspeitas, evitando assim, futuros prejuízos. Uma forma de prevenção de riscos em diversas escalas, para quem preza por segurança de dados.
A adoção da tecnologia tem ajudado muito a minimizar o risco de fraudes. Felizmente hoje temos Big Data e Inteligência Artificial. Sabendo utilizá-las, fica bem mais fácil analisar e classificar riscos de compliance – fraude, corrupção, questões de concorrência e antitruste, privacidade de dados, lavagem de dinheiro, conflito de interesses, como lidar com as chamadas PEPs (pessoas politicamente expostas) e relacionamento com terceiros.
Podemos, por exemplo, cruzar dados para identificar as relações familiares de ascendentes, descendentes, cônjuges e laterais nos grupos econômicos. O fato é que, além dos enormes transtornos que as fraudes impactam em pessoas e empresas, o prejuízo financeiro justifica todo o investimento em prevenção.
Tecnologia disponibiliza soluções para combater práticas criminosas
Há uma infinidade de recursos que, bem manejados, oferecem maior segurança. Alguns exemplos:
- Dados e informações dos órgãos oficiais, tais como Receita Federal do Brasil, Banco Central do Brasil, tabelionatos de protestos e entidades de classe;
• Serviços de inteligência de dados e aplicações com parametrização modular de risco;
• Parametrização de políticas comerciais, módulos antifraude e modelos de cobrança;
• Utilização de pontos georreferenciados para localizar clientes e prospects;
• Localização de pessoas e empresas através de chaves de busca não fortes como nome, razão social e comparação biométrica;
• Mapeamento de relações societárias e familiares.
Há vantagens adicionais em se utilizar tais mecanismos tecnológicos, para além da contenção de práticas criminosas. Com esse volume de informações, a empresa facilita tomadas de decisão, ganha assertividade nas vendas, reduz custos, tempo, otimiza processos, conhece melhor os perfis de clientes e potencializa negócios.
Falecidos, mas "ativos"
Os trágicos números de mortes causadas pela Covid-19 se tornam ainda mais pesarosos com o potencial de utilização, por parte de criminosos, dos dados de pessoas mortas para obter vantagens. Fazem compras pela internet, saques de auxílio emergencial e FGTS, abrem contas bancárias, entre outros golpes, em nome dos finados. A proScore apurou que somente nos seis primeiros meses deste ano o número de tentativas de fraude chegou a 58 mil.
Como pessoas e empresas podem evitar cair em abismos fraudulentos. Em primeiro lugar, a sociedade tanto em termos de indivíduos quanto de grupos e organizações precisam incorporar uma cultura de honestidade, desde as práticas mais simples às mais complexas, para que todos saiam ganhando. Como isso leva tempo, é essencial que as organizações analisem regular e detalhadamente seus processos e práticas para identificar pontos suscetíveis a possíveis desvios; uma vez identificados, que esses pontos sejam corrigidos rapidamente. Finalmente, se as fraudes acontecerem, agilidade e assertividade nas providências serão cruciais para reduzir danos e coibir ocorrências futuras.
Mellissa Penteado, formada em Administração pela PUC/SP, com especializações pela Disney Institute, Law Business School, Ohio University e Business pela University of Akron. Iniciou sua carreira no setor de fomento mercantil em 1995 até fundar a proScore Tecnologia no ano 2000, birô digital de crédito e authority de Score. Com mais de 19 anos de vivência na área administrativa e tecnológica, é CEO da empresa e em 2018 fundou o Bancoin, fintech de inclusão financeira e social especializada em desbancarizados.
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