Lucro da Portugal Telecom tem queda de 34,7% até setembro

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A Portugal Telecom anunciou, nesta quinta-feira, 13, um lucro de 437,7 milhões de euros (o equivalente a R$ 1,251 bilhão no câmbio atual) nos primeiros nove meses do ano, o que representou uma queda de 34,7% em relação ao mesmo período de 2007. Apesar disso, geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) aumentou 15,5% no terceiro trimestre, para 668,3 milhões de euros (R$ 1,91 bilhão), ao passo que nos primeiros nove meses subiu 6,6%, para 1,8 bilhões de euros (R$ 5,1 bilhões). Por outro lado, a receita aumentou 11,1%, para 5 bilhões de euros (R$ 14,3 bilhões), sendo que no trimestre cresceu 13,3%, atingindo 1,78 bilhão de euros (R$ 5 bilhões).
Segundo o informe de resultado, o aumento da receita foi impulsionado especialmente pelas operadoras de telefonia móvel TMN e a Vivo (que também tem a Telefónica como acionista), bem como a rede fixa, que teve neste trimestre o seu melhor período desde 2004, com uma queda de 0,3%. A massificação do Meo em Portugal, o serviço triple play (televisão, telefone e internet), também contribuiu para manter clientes nos serviços de voz e de banda larga fixos.
No trimestre, 95 mil novos pontos foram instalados, chegando ao fim de setembro com 211 mil clientes. A TMN viu as suas receitas crescerem 5,2% nos primeiros nove meses e 1,4% no trimestre, sendo que as receitas da Vivo aumentaram 32,5% no trimestre e 28,2% desde o início do ano. O Brasil representa 46,7% das receitas do grupo, o que representou um aumento da sua participação na comparação com o ano passado, quando era de 41%.
Tanto as receitas da TMN como as da rede fixa foram afetadas pela decisão da Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) de reduzir as tarifas de terminação móvel – taxas que as operadoras pagam entre si de cada vez que encaminham chamadas para as redes umas das outras. Segundo a Portugal Telecom, a conseqüência dessa decisão regulatória foi uma queda nas receitas de 4 milhões de euros (R$ 11,4 milhões) na rede fixa e de 6,7 milhões de euros (R$ 19,1 milhões) na TMN, durante o terceiro trimestre.
A dívida do grupo passou de 4,3 bilhões de euros (R$ 12,3 bilhões) no fim do terceiro trimestre do ano passado para 5,9 bilhões de euros (R$ 16,8 bilhões) em setembro, devido aos investimentos realizados no Brasil: aquisição da Telemig por 517 milhões de euros (R$ 1,47 bilhão) e de licenças para serviços de 3G no Nordeste por 227 milhões de euros (R$ 649,2 milhões). Além disso, para a concretização do programa para recomprar ações do grupo no Brasil, foram utilizados 910 milhões de euros (R$ 2,6 bilhões) e o pagamento de dividendos a acionistas consumiu 533 milhões de euros (R$ 1,54 bilhão).

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