Em sua palestra durante o 1º Fórum Internacional AITE, em Santiago, Chile, Gonzalo Vecina, superintendente do Hospital Sírio Libanês, ressaltou a importância das ferramentas de gestão de pessoas para auxiliar na retenção e atração de talentos. Destacou que o custo mais importante da saúde hoje é com os profissionais "para que o hospital conquiste o médico como um parceiro". É preciso também desenvolver competências gerenciais; compliance na questão farmacêutica; gerenciamento de risco; sistemas de auditoria (internos e externos), já que a acreditação é de vital valor para os hospitais.
O palestrante enfatizou a importância das ferramentas que favoreçam o uso da informação e transparência, com a criação de sistemas indicadores de erros disponíveis na internet. "Temos que começar a criar esta cultura", afirmou.
"A tecnologia vai seguir sua sina: tornar as coisas melhores e aumentar a eficiência de alguns processos, porém, em algum lado, os custos vão sempre aumentar porque a tecnologia para tratar não vai ser a de baixo custo. Tecnologia será sempre parte da solução e do problema", afirmou.
De acordo com Vecina, hoje o modelo de cuidados em saúde está muito fragmentado, calcado em um processo de medicalização que leva as pessoas a desejarem fazer exames para saber se estão com alguma enfermidade. Ele destacou a importância do uso de instrumentos que promovam a gestão clínica e disse que elas vêm sendo utilizadas com sucesso no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Para construir a efetividade clínica, ou seja, aquilo que de fato impacta na saúde do paciente, é preciso vencer o desafio usando conhecimento e protocolos para gestão de doenças. É fundamental também, de acordo com o superintendente do Sírio Libanês, manter o paciente no centro do atendimento, criando times de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, fonoaudiólogos, com algum grau de generalistas neste grupo, para entender e atender as necessidades dos pacientes.