O South Atlantic Cable System (SACS), primeiro cabo submarino a cruzar o Atlântico Sul está na etapa final da sua instalação entre os continentes africano e sul-americano. A Angola Cables, companhia responsável pela instalação e operação do SACS, e a NEC Corporation, responsável pela sua construção, contrataram a Orange Marine, empresa francesa de transporte de cabo, para começar a colocação do cabo em águas profundas.
Como a primeira e única ligação entre Angola e Brasil, o SACS tem previsão de estar em total operação no primeiro semestre de 2018. A fase de instalação em águas profundas deve levar cerca de 90 dias e vai cobrir uma extensão de 6200 quilômetros de cabo, à mais de 5 mil metros de profundidade.
"Quando o SACS estiver totalmente pronto, em conjunto com a sua infraestrutura complementar proporcionada pelos outros cabos – WACS e Monet -, haverá uma mudança de paradigma no transporte global de dados de telecomunicações", explica António Nunes, CEO da Angola Cables. Com o SACS em operação, clientes de varejo intercontinentais notarão uma melhora na latência equivalente a cinco vezes o que é hoje, assim como melhor acesso com a América, um dos maiores produtores e agregadores de serviços e conteúdos digitais.
"O SACS representa uma oportunidade para Angola se tornar um dos hubs de telecomunicação na África subsaariana. Investimentos em sistemas de cabos submarinos e data centers estão criando pontes digitais e aproximando continentes, mas também melhorando o acesso aos principais circuitos internacionais de telecomunicações", completa Nunes. "Esperamos proporcionar vários benefícios econômicos para Angola, assim como para outras regiões em que tivermos a existência de redes nossas, proporcionando efeitos positivos que incluem investimentos adicionais de empresas de tecnologia que exigem altos níveis de conectividade", finaliza.