O setor brasileiro de call center, um dos maiores pólos de empregos e negócios no País, deverá gerar de 75 mil novos postos de trabalho ao longo de 2007, mantendo a taxa de crescimento de 10% dos dois últimos anos.
As projeções são da Associação Brasileira de Telesserviços (ABT), que estima que o segmento encerra este exercício com 675 mil trabalhadores e faturamento de R$ 4 bilhões somente por parte das empresas do setor que operam como terceirizadas.
?Com a percepção crescente de que o bom atendimento ao cliente pode gerar valor agregado à marca e ao produto, as empresas estão profissionalizando cada vez mais seus call centers?, aponta Topázio Silveira Neto, presidente da ABT. ?Além disso, os serviços públicos e empresas estrangeiras ? interessadas em internacionalizar suas centrais ? estão entre as principais contratantes em potencial do setor em 2007?.
Silveira Neto lembra que tal crescimento será viabilizado com a publicação do Decreto nº 51.300, de 23/11/06, assinado pelo governador de São Paulo Claudio Lembo. O decreto prorroga até dezembro de 2007 a redução da base de cálculo do ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) nas contas telefônicas das empresas de call center instaladas em São Paulo.
Para assegurar que o crescimento seja acompanhado de profissionalismo, o setor lançou o Programa Brasileiro de Auto-Regulamentação (Probare), com um Código de Ética, uma ouvidoria para os consumidores (pelo site www.probare.org) e a certificação das empresas (com um Selo de Ética e/ou uma Norma de Maturidade) que passarem por auditoria independente.