A GVT anunciou nesta quinta-feira (13/12) a compra da operadora de rede de fibra óptica Geodex. A operadora desembolsou R$ 74,6 milhões pela aquisição do controle acionário, e outros cerca de R$ 33,7 milhões (considerando o balanço de caixa da Geodex no ato da transação) pelo pagamento de obrigações contraídas pela empresa.
A aquisição é considerada estratégica para a GVT porque, além da potencial redução de despesas com tráfego de longa distância, especialmente as relacionadas à transmissão de banda larga e dados, facilita o projeto de expansão da operadora para novas regiões fora da sua área de atuação original, que inclui as regiões Sul, Centro-Oeste e parte do Norte).
?Estamos muito satisfeitos com a aquisição da Geodex porque tem fundamental importância estratégica e alto valor para o crescimento e as margens futuras da GVT. A Geodex era um dos únicos ativos disponíveis no Brasil com cobertura nacional e atuação independente e uma rede de alta qualidade?, afirma o presidente da GVT, Amos Genish.
A rede de longa distância da Geodex tem 11 mil quilômetros de fibra óptica e consumiu em torno de R$ 200 milhões de investimentos desde o ano 2000. Ela passa por cidades de fundamental importância para a GVT como Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Belo Horizonte, além de outras onde a operadora ainda não oferece serviços residenciais como São Paulo, Campinas, São José dos Campos, Rio de Janeiro, Salvador e Fortaleza.
Com a aquisição da empresa e de sua rede, a expectativa é que as despesas operacionais da GVT sejam reduzidas porque a operadora poderá deixar de pagar pelo uso da rede de terceiros nos trechos de presença da rede Geodex. Com base no atual perfil de uso, a economia com aluguel de backbone (redes de transmissão entre diferentes cidades e estados) de terceiros atingiria, em bases anuais, aproximadamente R$ 12 milhões. A rede da Geodex cobre cerca de um terço dos custos de backbone de longa distância da GVT.
?Passaremos por um período de transição entre o momento da aquisição da Geodex e a completa substituição de redes alugadas de terceiros, em razão das condições contratuais vigentes e de necessidades técnicas?, explica Genish. Com a expectativa de alto crescimento no tráfego de voz e dados na rede GVT nos próximos anos, o impacto positivo na redução das despesas poderá ser maior. ?Além de aumentar nossa capacidade de expansão, ingressamos em um novo segmento de mercado, de prestação de serviços de backbone de longa distância a outras operadoras, e nos tornamos mais competitivos na oferta de serviços a clientes corporativos com presença nacional?, avalia o presidente da GVT.
A receita da Geodex de janeiro a setembro deste ano foi de R$ 35 milhões. O Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações), no mesmo período, foi de cerca de R$ 9,8 milhões, sem considerar os ajustes não recorrentes realizados para adequar os resultados à metodologia da GVT.
