As mulheres representam mais da metade (54%) do número de clientes de telefonia celular no país. Neste ano, que deverá encerrar com 120 milhões de linhas habilitadas, 64,8 milhões destas serão de posse de mulheres. Em 2002, elas representavam apenas 43% do total de clientes, pouco mais de 15 milhões de consumidoras.
Para ganhar a liderança entre os usuários de serviços móveis, as mulheres adquiriram anualmente uma média de 7,9 milhões de linhas, superando os homens em volume de aquisições. Os dados são do estudo ?As mulheres e o celular?, que faz parte da segunda edição dos ?Indicadores Vivo do Mercado Brasileiro de Telefonia Móvel?.
Nesse mesmo período (2002-2007), as mulheres (mais da metade da população brasileira com 51,3%) aumentaram a sua participação, bem como sua renda. Atualmente, elas representam 45,4% da População Economicamente Ativa (PEA) em relação aos 44% registrados anteriormente. A renda média de R$ 485 é superior à registrada em 2002, de R$ 363. Outro índice que registrou crescimento foi o de lares chefiados por mulheres: 33%, com um aumento de cinco pontos percentuais em relação a 2002.
O telefone celular é dado como presente para 41% das mulheres, sendo que os maridos, pais e mães são os principais responsáveis pelas compras, com 26% e 24% respectivamente.
De acordo com o estudo, a maioria das clientes de telefonia celular é jovem, entre 19 a 32 anos, (36%) seguido pela faixa etária entre 33 a 50 (30%). Dentre as mais de 36 milhões de mulheres que ainda não têm telefones móveis, 14,3% delas pretende adquirir uma linha, e um dos maiores potenciais de crescimento reside naquelas com idade a partir de 51 anos.
Cautelosas e exigentes
Tanto homens como mulheres têm dentre os fatores decisão de compra, pela ordem, o preço, a operadora, o modelo e o serviço prestado. Para 74% delas, o preço é o principal quesito, e a operadora pesa 71% na escolha.
Grande parcela das mulheres possui aparelhos candy bar (em barra), utilizado por 70,7% delas, embora tenham predileção pelo formato clamshell (em concha, com flip).
Embora as mulheres respondam pela maioria dos usuários de celulares, elas ainda gastam menos que os homens. O público feminino teve um gasto médio mensal de R$ 15,37 versus R$ 21,23 dos clientes masculinos. Essa situação reflete um maior controle financeiro por parte das mulheres que, muitas vezes, somam o custo do celular às demais despesas familiares.
Em relação aos aplicativos e serviços utilizados, homens e mulheres apresentam tendências bem parecidas. O envio de mensagens de texto (SMS) predomina entre os serviços utilizados, com ligeira vantagem no consumo entre as mulheres: 46,6% elas contra 45,8% dos homens. Já eles são maioria na adoção de acesso a músicas e vídeos pelo celular (11,1%) e no envio e recebimento de fotos e imagens (MMS) 10,4%, enquanto as mulheres representam 9,7% e 7,4% respectivamente.
As mulheres entre 19 e 24 anos são aquelas que mais exploram os recursos do telefone celular. Sabe-se que 88% delas utilizam SMS, 44% acessam a caixa postal e 31% delas fazem download de jogos.