Como ficam os dados corporativos após processos de fusões e aquisições?

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A pergunta parece um tanto quanto óbvia de ser respondida, porém, mesmo após anos do início de um processo de fusão ou aquisição, algumas empresas ainda buscam ter todas as informações necessárias para as operações do dia-a-dia. A consolidação dos cadastros de produtos, clientes, fornecedores e matérias-primas, bem como os dados financeiros e fiscais, demandam um trabalho extenso e de muita precisão para que as operações não sejam interrompidas, enquanto outras transações se desenvolvem dentro da nova companhia.
Muitos ainda não identificam nas plataformas de integração de dados uma solução corporativa para atender a este tipo de situação, no entanto, considerando companhias líderes de mercado, é deste modo que seus sistemas têm evoluído de forma consistente.
Ao adequar sua arquitetura orientada a serviços (SOA), muitas empresas estão aproveitando ao máximo os recursos desta plataforma, especialmente porque tais iniciativas demonstram um ótimo retorno sobre o investimento (ROI) e uma redução de custo considerável, ainda mais se comparadas aos programas codificados.
Empresas como Air France, Duke Energy, 3COM, Virgin e Oi enfrentaram estes desafios com sucesso e obtiveram ganhos de até 50%. Suas novas operações, baseadas em plataforma de integração, permitiram uma alta produtividade no desenvolvimento de etapas de migração e consolidação, documentação automática para auditoria e reutilização de componentes que se aplicavam em diversos processos. Com isso, foi evitado o retrabalho que seria necessário caso tivessem usado programação codificada que, a princípio, parece ser mais viável ou menos custosa.
No entanto, todo esse processo de integração das informações pode acabar gerando problemas caso não sejam observadas algumas premissas dos ambientes onde estes dados residem e para onde e como devem ser movimentados.
Em paralelo, é necessário ainda que a consolidação seja documentada para que, futuramente, qualquer procedimento de auditoria possa ser encaminhado com o entendimento de como as informações migraram e foram consolidadas, principalmente, para os primeiros balanços e resultados corporativos.
Algumas destas grandes companhias mencionadas acima também aproveitaram tais procedimentos para corrigir ou qualificar melhor os seus dados. Isso é feito para facilitar a padronização e a limpeza das informações relativas aos principais cadastros que suportavam suas operações e transações de negócios.
De acordo com diversos analistas do mercado, existem cinco aspectos fundamentais a serem considerados pelas empresas:

1. Identificação e análise dos sistemas transacionais existentes
2. Acesso direto ou nativo a todas as fontes de dados
3. Verificação e análise quanto à qualidade dos dados
4. Preparação e movimentação/carga dos dados para o sistema consolidado
5. Suporte para todo o ciclo da migração e consolidação dos dados

Dentro deste contexto, portanto, é fácil perceber que muitas empresas ainda caminham a duros passos e que outras estão começando suas jornadas na consolidação de suas operações. Essa mudança de percepção é fundamental para que seja possível o desenvolvimento e a ampliação dos negócios para novos mercados e, com isso, conquistar novos clientes e incrementar os resultados financeiros e operacionais.

Valdeni Novaes é gerente de canais da Informatica Corporation

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