Um dos principais desafios das empresas hoje é atingir seus objetivos de negócios utilizando o mínimo de recursos. Mas até onde essa equação é possível?
Pense no caso de um grande banco. O sistema de contas dos clientes processa milhões de transações provenientes de caixas, ATMs, transferências eletrônicas e operações no internet banking. Transações processadas de maneira imprecisa, perdidas ou com falhas é tudo o que um banco não deseja e não pode ter. Para lidar com grandes volumes de operações em missões críticas, a plataforma mais indicada é, sem dúvida, o mainframe.
A pressão por corte de custos pode levar alguns gestores de TI a considerar transferir do mainframe bancos de dados e aplicações maduras e estáveis para máquinas menores. No entanto, para muitas empresas que tentaram essa migração, os resultados não foram animadores. Há casos de abandono de projetos, após longo e oneroso esforço, porque eles simplesmente não funcionavam e casos onde o desempenho ou a confiabilidade dos processos sofreram um grande impacto.
Quando um CIO considera migrar aplicações ou banco de dados do mainframe, é necessário ter em mente que cada plataforma de hardware oferece qualidades únicas que a tornam ideal para determinadas situações. Uma simples transferência em massa para reduzir custos de hardware não pode de maneira alguma ser considerada uma fórmula de sucesso e, frequentemente, acaba se mostrando como um erro caro.
Além do custo, é importante considerar o valor dos serviços de negócios suportados pelos aplicativos ou bancos de dados, e se esse valor se altera com a migração para plataformas aparentemente com preço menor.
Sempre é relevante também o valor agregado que esta plataforma gera, principalmente nos pilares que são Desempenho, Produtividade, Disponibilidade, Segurança e Redução de Riscos.
Ao medir a relação custo X valor, os usuários concluem que o mainframe é a plataforma ideal para aplicações e banco de dados específicos, especialmente os de missão crítica que exigem alta disponibilidade e características de grande processamento.
Em resposta à pressão por redução de custos, muitas empresas podem ter a intenção de "otimizar" o seu data center. Para isso, é necessário analisar os aplicativos e banco de dados que rodam em cada servidor e determinar se eles podem ser processados em uma plataforma de baixo custo ou movidos para outras plataformas. Quando se toma essa decisão é preciso levar em conta os custos de operação tanto na plataforma de origem como na potencial.
Mas o custo é apenas parte da equação. Também é necessário balancear o custo contra o valor dos serviços que os recursos representam para a empresa, o objetivo é oferecer o valor mais alto ao menor custo.
Para determinar o valor de negócios de um recurso, é preciso saber quais serviços e processos que esse recurso suporta. Também é necessário ter a real estimativa da importância dos serviços para o negócio, medindo o impacto que a degradação de desempenho ou parada temporária dos serviços teria sobre o negócio. Um servidor que suporta a operações online do mercado de ações, por exemplo, tem um maior valor para uma empresa de corretagem do que um servidor que suporta o acesso online a informações sobre os benefícios dos empregados.
O valor de negócios de um recurso é sustentada pela sua capacidade, disponibilidade e desempenho. Por exemplo, a capacidade do mainframe para lidar com grandes bases de dados e volume de transações – e fazê-lo com confiabilidade, disponibilidade e manutenção – é crucial em muitas aplicações críticas. Incluir esses fatores na avaliação do valor de negócios do mainframe é justificar o seu custo.
Olímpio Pereira é diretor da área de Mainframe para América Latina da BMC Software
- Olímpio Pereira da BMC Software