O grupo mexicano Telmex, do empresário Carlos Slim, já investiu na Embratel R$ 6,3 bilhões, o que representa uma média anual de R$ 1,5 bilhão desde julho de 2004, quando assumiu o controle da companhia. Desde então, a operadora brasileira passou por ampla reestruturação operacional e financeira. A informação consta no relatório de 42 anos de história da Embratel, que ela acaba de lançar.
Segundo o relatório, a Embratel vivia um momento difícil em 2004, com endividamento de R$ 4,1 bilhões, declínio de receitas e dificuldades de liquidez. As dívidas judiciais tinham potencial estimado de R$ 6 bilhões. Hoje, o endividamento caiu para R$ 1,9 bilhão, a receita voltou a crescer e a empresa implementa um amplo programa de investimentos. A publicação especial conta a história da atuação da Embratel e do desenvolvimento das telecomunicações no Brasil.
O relatório destaca trajetória da companhia com a chegada da Telmex. Os recursos aplicados na operadora brasileira trouxeram novas perspectivas para os negócios. Em 2005, a empresa adquiriu participação na Net Serviços, oferecendo ao mercado residencial telefonia fixa dentro da oferta de triple play , pacote que reúne TV, internet e telefonia. Para fortalecer sua atuação no segmento corporativo, comprou a PrimeSys, empresa especializada em terceirização de serviços de telecom para grandes corporações.
O lançamento do Star One C1, em novembro do ano passado, marcou o início da terceira geração de satélites da Embratel, denominada Série C, com maior cobertura e potência para serviços, como internet em banda larga em localidades remotas. Com investimento de R$ 1 bilhão nesta nova geração de satélites, composta pelo Star One C1 e pelo Star One C2, a ser lançado em fevereiro, a companhia eles vão garantir a manutenção da oferta de serviços de alta confiabilidade de telefonia, rádio, dados e internet, bem como garantir às Forças Armadas a continuidade dos serviços de telecomunicações e transmitir sinais de televisão para mais de 16 milhões de residências.
Com cobertura nacional, a Embratel conta hoje com 4,3 mil engenheiros, a quais se somam os 78 especialistas da Star One, responsáveis pela operação e monitoramento da frota de satélites da Embratel, diretamente da Estação de Controle de Satélites, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.