O procurador geral do estado de Nova York, Andrew Cuomo, abriu uma investigação contra a Intel, sob suspeita de ferir a lei antitruste, após averiguações semelhantes ocorridas na União Européia, Japão e Coréia do Sul. Cuomo vai intimar a empresa a prestar esclarecimentos sobre possível uso de práticas anticompetitivas, especialmente em relação a sua principal rival, a AMD.
A Federal Trade Commission (FTC), órgão do governo americano que investiga contratos comerciais e dados fiscais de empresas e pessoas físicas, não tem mostrado até agora qualquer indício que irá seguir os seus pares na Europa, Japão e Coréia do Sul na abertura de um inquérito. Mas a AMD está prosseguindo com sua própria denúncia antitruste contra a Intel no tribunal de Delaware.
A procuradoria de Nova York disse que está investigando se Intel violou as leis antitrustre estaduais e federal ao coagir clientes a excluir os chips da AMD dos seus produtos para manter a sua posição dominante no mercado mundial de microprocessadores x86.
"Após uma cuidadosa análise preliminar, determinaremos se as questões levantadas sobre a conduta anticompetitiva da Intel justifica a abertura de um inquérito", disse Cuomo. "Práticas monopolistas são uma séria preocupação, especialmente para os que estão pilotando informações econômicas", observou o procurador geral.
A investigação vai procurar descobrir documentos e informações sobre práticas tarifárias da Intel, com o objetivo de saber se ela penalizou clientes que compraram microprocessadores AMD ou se fez pagamentos impróprios para que comprassem apenas seus chips, ou ainda se cortou os canais de distribuição que trabalhavam com a rival.
Os processadores da Intel equipam mais de quatro em cada cinco computadores x86 vendidos, em um mercado global avaliado em US$ 30 bilhões ao ano.
Intel confirmou ter recebido a intimação do procurador geral de Nova York, ao jornal britânico Financial Times.
AMD tem um acordo assinado com o estado de Nova York e poderá vir a construir uma grande fábrica de chip lá.
