O Facebook obteve sentença favorável em uma ação coletiva movida por acionistas prejudicados pela oferta pública inicial (IPO) da companhia realizada em maio do ano passado. Vários investidores processaram a empresa na época, alegando que a rede social, além de ter compartilhado várias previsões financeiras internas com analistas antes do IPO, não divulgou essas projeções em documentos oficiais e assim omitiu o fraco crescimento de sua receita.
De acordo com o The Wall Street Journal, o juiz federal de Nova York, Robert Sweet, rejeitou na última quarta-feira, 13, o pedido de indenização de um grupo de quatro processos contra a rede social, determinando que os membros do conselho de adminstração do Facebook não tinham obrigação de divulgar essas previsões em informes financeiros e que a companhia já havia “feito avisos expressos e extensos” relacionados aos desafios de negócio em plataformas móveis.
O advogado da Glancy Binkow & LLP Goldberg, Rob Prongay, representante dos autores da ação judicial, disse que sua empresa ainda está revisando o parecer inicial da Justiça. "Discordamos de certos aspectos da decisão do tribunal, uma vez que temos a oportunidade de digerir a decisão, vamos agir em conformidade", declarou, deixando no ar que irá recorrer da sentença.
Entre os diversos culpados apontados pelo fiasco do IPO do Facebook está o banco de investimento Morgan Stanley, condenado pelo órgão regulador do mercado de capitais do estado americano de Massachussets a pagar US$ 5 milhões por auxiliar a rede social no compartilhamento de informações financeiras, de forma a tentar influenciar de maneira imprópria os analistas ao fornecer dados não contidos no prospecto da oferta. O auxílio é considerado ilegal e colocou boa parte dos investidores em desvantagem, já que não tiveram acesso às informações.
Na semana passada, a bolsa eletrônica Nasdaq também foi multada em US$ 5 milhões, acusada de prejudicar as negociações dos papéis do Facebook no IPO por conta de problemas técnicos. A abertura das negociações teve atraso de meia hora, gerando prejuízo aos investidores, que culparam a Nasdaq pelo ocorrido.