Como enfrentar o desafio da modernização de dados?

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A tecnologia tem impulsionado constantes mudanças na vida de todos nós. Praticamente abandonamos os CDs e os DVDs com a chegada das plataformas de streams de músicas, filmes e séries. Também evoluímos na nossa forma de comprar e nos comunicar, por exemplo. No mundo corporativo, a transformação digital tem batido à porta de organizações de todos os portes e segmentos, gerando mais eficiência e valor a produtos, serviços e formas de trabalhar.

Nunca as empresas se viram tão obrigadas a pautar suas decisões com base em dados confiáveis e precisos que lhes digam onde estão e onde podem, devem ou precisam chegar. Com a concorrência cada vez mais acirrada entre os players, tem sido vital operar bem no presente com o olhar no futuro, mantendo-se sempre muito apto a acolher o que o mercado está exigindo ou vai exigir.

É nesse contexto que cresce a valorização do conceito Modernização de Dados ou Data Modernization, que, na prática, refere-se à migração de dados – estruturados e não estruturados – de um sistema legado para uma infraestrutura mais eficiente em que seja possível garantir segurança, transparência e governança às informações. Mas a iniciativa não se limita a isso. Na essência, ela se traduz em agregar mais agilidade, competitividade e escalabilidade ao negócio, não como um simples desejo da companhia, mas como uma necessidade corporativa.

Noto que sempre que inicio conversas sobre esse tema com líderes de negócio, de TI ou de SI, a primeira preocupação de uma parte desses executivos é com relação ao destino do sistema legado – algo completamente compreensível, afinal, ninguém quer abrir mão de investimentos realizados. Mas, veja, com dados sendo gerados a toda hora e em todo lugar, com potencial estratégico muito alto dentro do negócio, a preservação e a segurança das informações torna-se vital para a competitividade e operação de uma organização.

A empresa que ajustar adequadamente suas práticas com relação a métodos, processos, soluções de tecnologia e parceiros especializados certamente estará mais suscetível a ter um desempenho abaixo da média, o que tende a impactar diretamente no faturamento e no lucro do negócio. Principalmente, considerando o alto risco diante da insegurança da informação ou da tomada de decisões com base em achismo ou dados inconsistentes.

Na Era da Modernização dos Dados, a defesa das organizações mais maduras está na junção da inteligência tecnológica com a humana para coletar, armazenar, tratar, proteger e correlacionar informações, com capacidade de transformar dados isolados e desconexos em insights de negócio. Já no quesito parceiro especializado, o cuidado está na escolha de um que conheça o negócio tanto do ponto de vista da legislação quanto de riscos e oportunidades.

Reconheço que as organizações já quebraram muitos paradigmas com relação à transformação digital. Mas ainda vejo que existem muitos CIOs e CTOs trabalhando arduamente na missão de convencer CEOs e proprietários de negócio sobre a importância dos movimentos de modernização dos dados. Mas é importante lembrar que, independentemente da postura resistente desses líderes, a Lei Geral de Proteção de Dados finalmente se estabeleceu exigindo comprometimento das organizações com relação aos dados que estão sem seu poder, inclusive com promessas de multas e punições bastante severas.

Cada vez mais, os dados que circulam dentro de uma empresa são a alma do negócio, não dá para ir contra essa tendência. O mais estratégico é focar em vislumbrar o futuro, capacitar a equipe interna, firmar aliança com parceiros especializados, aderir às tendências do seu negócio e, sem medo de mudar, seguir rumo ao futuro. Muitas vezes é no "novo" que estão as melhores oportunidades.

Jane Greco, diretora executiva na MPE Soluções.

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