Ainda atrasadas no emprego de tecnologias de análise de dados, as instituições de saúde começam a se render ao uso dessas ferramentas para apoio a gestão e aos negócios. De acordo com pesquisa da IDC, essas organizações — hospitais, centros médicos, operadoras de planos de saúde, clínicas e laboratórios de medicina diagnóstica, entre outras — cada vez mais estão aderindo às plataformas analíticas para gerenciar desde custos operacionais, dados clínicos, de exames (muitos em laudos em texto), de tratamento, de medicamentos até sinistros de seguros.
Entre os principais impulsionadores do uso de tecnologias de big data estão a possibilidade de identificar as necessidades de pacientes, citada por 66% dos profissionais consultados, e a prescrição de relatórios clínicos, mencionados por 64% dos participantes. Medir o desempenho e gerenciar o tratamento de pacientes foram atividades apontadas por 64% dos entrevistados, seguidas pelo uso de dados como auxiliares na tomada de decisão, que aparece em 57% das respostas.
Apesar de o setor de assistência a saúde vir crescendo rapidamente, ainda reina um certo ceticismo sobre a habilidade das empresas do segmento de atingir seus objetivos — a melhora da saúde de populações como um todo, o aprimoramento do atendimento dos pacientes em tratamento e a gestão dos recursos financeiros. Tentativas anteriores de melhorar a qualidade e controle de custos não foram bem-sucedidas, em parte devido à inadequação dos dados fornecidos pelas soluções, o que acabou prejudicando a interpretação dos médicos. A vantagem das soluções de análise de dados está em padronizar, mover e analisar as informações de maneira muito mais robusta do que 20 anos atrás, ressalta a IDC.
A consultoria aponta que os investimentos em soluções avançadas como de monitoramento e análise de dados em streaming, bem como data mining e gráficos sociais foram prioridade para as instituições de saúde. As fontes das informações médicas vão desde dados estruturados (73%), requisitos de cada paciente (57%) e gestão de informações de tratamento (70%) que precisam ser identificados e gerenciados para melhor atender pessoas com doenças crônicas ou submetidos a terapias. Na interpretação da IDC, esse panorama de quais informações precisam ser trabalhadas no setor de saúde abrem oportunidade para fabricantes de software de análise de dados.