A Trend Micro anuncia os resultados de levantamento feito com cerca de 300 empresas brasileiras, além de mais 200 empresas em outros países da América Latina, que responderam à "Análise do perfil de risco de exposição a Ransomware". A pesquisa avaliou o preparo das empresas contra ataques de ransomware e também a forma como as organizações têm respondido a tais ataques ao longo do 2º semestre de 2016.
Mais da metade das brasileiras pesquisadas (51%) disseram ter sido vítimas de um ataque no ano passado, e 56% não contam com tecnologia para monitoramento e detecção de comportamento suspeito na rede. Além disso, 54% responderam que não possuem tecnologia para detectar criptografia não-autorizada.
Através da pesquisa foi constatado que as empresas confiam muito nos dados de backup nos servidores e desktops (80% dos entrevistados) como a principal defesa contra ransomwares. Quando perguntados sobre políticas de controle de acesso aos dados, 61% afirmaram ter essas políticas definidas e implementadas. Estes resultados mostram uma aparente desconexão entre a percepção das defesas de segurança da organização e do número de ataques eficazes de ransomware.
Outros pontos-chave que a pesquisa destaca a respeito das empresas brasileiras:
- Dentre os 10 segmentos analisados que foram atacados por ransomware, o setor de Educação foi o mais afetado (82%), em seguida vem Governo (59%) e em terceiro lugar, Varejo (57%);
- 65% não utilizam análise de sandbox (análise de arquivos suspeitos) no email e web gateway;
- 47% não possuem tecnologia para blindar vulnerabilidades antes da instalação da correção;
- 63% responderam que não detectam nem bloqueiam atividades suspeitas nas pastas compartilhadas nos servidores.
''Os casos de ransomware tiveram uma ascensão meteórica no ano passado. O principal meio de infecção continua sendo o e-mail e o uso de engenharia social, por isso a necessidade cada vez maior das empresas em conscientizarem os seus funcionários contra este tipo de ataque. Hoje em dia existem kits completos para ataques de ransomware à venda na deepweb e a facilidade para pagamento do resgate em bitcoins traz um retorno financeiro para o atacante muito mais rápido do que outras modalidades de crime. A previsão para 2017 é que o crescimento de ransomware se estabilize, mas métodos de ataque serão mais diversificados e o risco vai se manter bastante alto", afirma Franzvitor Fiorim, líder técnico da Trend Micro Brasil.
As empresas confiam muito nos dados de backup e nos planos de recuperação como a principal defesa contra ransomwares. No entanto, uma estratégia holística de defesa para detectar e prevenir ataques de ransomware antes que possam se infiltrar em uma organização se provou mais bem-sucedida.
Uma abordagem multicamadas para a segurança, como recomendado pela Trend Micro, com proteção de e-mail e de gateways, terminais, redes e servidores da web, vai proteger melhor as empresas e mitigar o risco de ransomwares.
A pesquisa recebeu cerca de 300 respostas de diversas setores da indústria brasileira, incluindo organizações da área governamental, educação, saúde e transportes.
Cenário Ransomware na América Latina e EUA
Além do Brasil, o estudo foi aplicado em outros países da América Latina como Peru, Chile, Colômbia, México e Argentina. No cenário geral, o setor de telecomunicações foi o que sofreu mais ataques ransomware na América Latina (72%). O total de empresas atacadas na região foi de 58% e 70% das empresas responderam não contar com tecnologias para bloquear comportamento suspeito.
Em relação aos EUA, a Trend Micro divulgou os dados e números de pesquisa, feita também no ano passado, com mais de 225 organizações americanas em que 53% das empresas afirmaram terem sido vítimas de ataques. No material, cerca de oito em cada 10 entrevistados (77%) admitiram nunca terem pago um resgate como resultado de um ataque, enquanto apenas 2% disseram que pagaram. Outra revelação surpreendente foi que uma em cada cinco organizações (19%) disse ter sofrido ataques de ransomware mais de 50 vezes por mês. Além disso, 60% dos entrevistados acreditam que o comportamento dos colaboradores é o principal canal para penetração de ataques contra uma organização e 22% dos respondentes tiveram perdas financeiras.