O WhatsApp está se tornando cada vez mais um competidor dos serviços tradicionais de telecomunicações. Primeiro, contribuiu para a redução drástica do volume de mensagens de texto em SMS trocadas entre usuários. Agora, começa a ameaçar a receita das operadoras com chamadas de voz. Quase dois terços (64,5%) dos usuários ativos mensais (MAUs, na sigla em inglês) do WhatsApp no Brasil utilizam chamadas de voz pelo app. Destes, praticamente a metade (48,4%) afirma que atualmente usa mais o aplicativo para ligações do que o plano de minutos da sua operadora.
É o que revela a nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Mensageria no Brasil, cujo relatório integral pode ser solicitado para envio gratuito através de www.panoramamobiletime.com.br
Outro dado importante: 58,6% dos que fazem chamadas de voz pelo WhatsApp declaram que as realizam todo dia ou quase todo dia. Em outras palavras: o WhatsApp está virando uma operadora, mas sem rede e sem fatura no fim do mês – por outro lado, sem suporte técnico e sem obrigatoriedade de cumprimento de regras da Anatel. Ao mesmo tempo, cabe lembrar, há um efeito positivo para as teles: o aumento do gasto com dados móveis, afinal, a rede celular é necessária para a realização de chamadas pelo WhatsApp quando o usuário não está conectado a um ponto de acesso Wi-Fi.
A qualidade da chamada por WhatsApp tampouco representa um obstáculo para os consumidores. Ao contrário, 56,5% dos que usam essa funcionalidade deram nota 4 ou 5 para a qualidade do serviço em uma escala de 1 a 5, onde 1 é péssimo e 5 é ótimo.
Videochamada
No ano passado, o WhatsApp adicionou a funcionalidade de videochamada. Nesta edição da pesquisa, pela primeira vez mediu-se a popularidade da nova ferramenta e constatou-se que ela já é alta: 39% dos MAUs do app realizam videochamadas. Dentre eles, metade, ou 50,1%, afirma que realiza videochamadas pelo app todo dia ou quase todo dia. É sabido que as operadoras brasileiras estão se preparando para lançar, provavelmente este ano, um serviço de videochamada pela rede 4G, conhecido tecnicamente como ViLTE (Video over LTE). No planejamento da oferta as teles terão que analisar a atuação do concorrente over the top (OTT) e destacar as diferenças entre os serviços.
Metodologia e download gratuito
Para essa pesquisa foram entrevistados em janeiro 1.914 brasileiros que acessam a Internet, respeitando as proporções por gênero, idade, renda familiar mensal e distribuição geográfica desse grupo. O grau de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Para democratizar o acesso aos resultados das pesquisas Panorama Mobile Time/Opinion Box, os relatórios passarão a ser gratuitos. Para viabilizar o projeto, cada linha de pesquisa passará a contar com o apoio de patrocinadores, sem que isso signifique perda de independência. A elaboração dos questionários, a coleta dos dados e a redação dos relatórios continuam sendo realizadas com total autonomia e independência pelas equipes de Mobile Time e Opinion Box, sem qualquer interferência dos patrocinadores.
Esta edição da pesquisa de mensageria é a primeira a experimentar esse novo modelo comercial. Ela é um oferecimento da Infobip. Para solicitar o envio gratuito por email do relatório, acesse www.panoramamobiletime.com.br.