No próximo dia 15, quinta-feira, após o Fórum Econômico Mundial (WEF), começa em São Paulo o Shape Latam 2018, evento da comunidade Global Shapers, rede Jovem do WEF. Durante três dias, mais de 200 representantes de diversos países, discutirão a 4° Revolução Industrial e suas oportunidades e consequências. Os temas serão divididos em 4 pilares: tecnologia, reciclagem, educação e política.
Por meio de investimentos nos avanços tecnológicos, a Industria 4.0 deve proporcionar ao País uma melhora nos processos. A ABDI criou o Programa Startup Indústria, no qual as ideias e produtos inovadores foram inseridas dentro do setor produtivo, foi idealizado e apoiado pela ABDI e pode ser considerado o start para acelerar esta revolução.
A adoção de conceitos da Indústria 4.0 na matriz produtiva brasileira poderia gerar uma economia de R$ 73 bilhões ao ano, segundo a associação.
A introdução de tecnologias de robótica e realidade virtual aumentada, combinadas com internet das coisas ajuda, principalmente, na manutenção de equipamentos. A ABDI estima que a redução dos custos com reparos pode chegar a R$ 35 bilhões ao ano. Os ganhos de eficiência produtiva correspondem a uma economia de R$ 31 bilhões. Os R$ 7 bi restantes são em diminuição nos gastos com energia.
Mas muitas outras pautas de extrema importância para a indústria serão debatidas no Shape Latam 2018, conforme a indústria 4.0 passa a se tornar uma realidade, como na Alemanha, por exemplo. Um dos conceitos sustentáveis é a produção com menores impactos ambientais.
"A otimização dos processos industriais pode levar a uma redução das emissões de CO2", aponta o presidente da ABDI. Ele ainda destaca que é possível monitorar de forma pontual cada parte do processo produtivo: "Isso resulta em uma produção mais sustentável, controlada e com menos gastos desnecessários. O consumo elevado de recursos naturais tende a cair".
Pensando nesses jovens revolucionários, futuro da economia do país, é que a ABDI está investindo e patrocinando o evento. "Teremos a partir desta quinta-feira os mais conceituados e disruptivos players globais discutindo, pensando e apresentando soluções inovadoras para o nosso setor produtivo. O Brasil precisa deixar de ser apenas um produtor de commodities e começar a ser reconhecido também pela confecção de produtos de alto valor agregado. Precisamos e estamos acelerando a 4° Revolução Industrial", afirma Guto.