De acordo com dados da consultoria IHS Markit, o mercado de equipamentos de rede cresceu 15% no quarto trimestre de 2017, comparado ao trimestre anterior. Mas os valores podem crescer ainda mais ao longo dos próximos cinco anos quando o 5G se tornar mais maduro. Ao incluir a receita de hardware 2G/3G/4G/5G, a expectativa é de que US$ 25 bilhões sejam investido em infraestrutura.
A consultoria explica que só a receita de hardware 5G deverá gerar US$ 11 bilhões em 2022, a partir de uma base baixa de usuários precoces nos Estados Unidos no segundo semestre de 2018, seguida em 2019 pela Coréia do Sul e o consumo maciço da China que gerará receita para os fabricantes.
Por outro lado, só a receita com essas tecnologias não será o suficiente para salvar o setor. Players de infra de rede já começam a ver quedas nas vendas deste ano, na comparação com o quarto trimestre do ano passado. A consultoria explica que o dado registrado foi impulsionado pela finalização de projetos na China, Índia e América do Norte.
No entanto, os dados mostram que houve queda de 10% na comparação com o 4T16, enquanto o ano passado como um todo encolheu 14% em comparação com 2016. De fato, o crescimento no ano a ano estimado para 2022 será negativo, de -7,8%.
A IHS explica que os dados confirmam que o mercado está no segundo ano da "era do pico pós-LTE". Especificamente, a consultoria diz que as receitas das vendas globais de hardware macro de 2G/3G/LTE atingiram US$ 37,2 bilhões no ano passado, 14% abaixo dos US$ 43,3 bilhões registrados em 2016.
Ericsson, Nokia e Huawei são os principais fornecedores mundiais de equipamentos de rede móvel e suas finanças em 2017 refletiram em grande parte essa desaceleração. A Ericsson, por exemplo, informou que suas vendas diminuíram 10% no ano 2017 em todos os segmentos. A esperança é de que o 5G faça com que as operadoras façam investimentos em suas redes e o mercado consiga retomar o crescimento.
