A Telefônica São Paulo iniciou nesta segunda-feira, 14/4, o desligamento de 700 funcionários da área de manutenção de redes e sistemas. Todo o grupo deverá deixar a empresa ao longo deste mês. As demissões se devem à iniciativa da operadora em terceirizar esses serviços, repassados à Nortel, Nec e Ericsson.
Os contratos já foram firmados com os fornecedores e o serviço começa a ser repassado nos próximos dias. O Sindicato dos Empregados em Telecomunicações (Sintetel) negocia com as empresas na tentativa de que encampem os demitidos, mas ainda não há definição. Quem acompanha as negociações considera que isto seja improvável porque os fornecedores já têm suas próprias equipes.
No balanço da Telefónica de España foram destinados cerca de R$ 150 milhões para as indenizações trabalhistas comuns mais as adicionais (Plano de Desligamento Incentivado – PDI).
Há rumores na empresa de que as demissões atingiriam 1.000 empregados, incluindo staff (secretaria geral ? jurídico -, relação institucional, comunicação e marketing corporativo, recursos humanos, entre outras). O corte no staff seria equivalente a aproximadamente 30% do pessoal. Entretanto, a Telefônica e o Sintetel negam. A explicação é de que a lista inicial teria engrossado pela adesão voluntária de outros funcionários ao PDI. O plano inclui, além das verbas rescisórias normais, de um a dez salários proporcionalmente para quem está na empresa de um a 25 anos; e extensão por seis meses do plano de saúde e da cesta básica.
O quadro da Telefônica passará de 7 mil para 6.300, segundo informação oficial da empresa. Mas os rumores indicam que o número cairia para 4 mil progressivamente até 2009, o que o Sintetel não acredita. Em 2001, a empresa tinha 11 mil empregados, quadro que foi se reduzindo gradativamente devido a reestruturações.
No processo atual, a operadora atribui o enxugamento de pessoal ?à nova realidade das telecomunicações brasileiras, marcada pela competição acirrada e pela conseqüente pressão sobre os resultados de todas as companhias do setor.?