Puxado pelos bons resultados da América Latina, o lucro da espanhola Telefónica cresceu 22,4% no primeiro trimestre de 2008 totalizando 1,53 bilhão de euros. A receita também cresceu 1,1% alcançando 13,89 bilhões de euros.
No Brasil a companhia encerrou o primeiro trimestre com cerca de 50 milhões de acessos, 11,9% a mais que no mesmo período de 2007, graças ao crescimento registrado pela Vivo e a expansão da banda larga, que cresceu 28,2% com a incorporação dos clientes da TVA. No país, a empresa teve uma receita líquida de 2,04 bilhões de euros, 6,7% superior em moeda local que no ano anterior.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) foi de 777 milhões de euros, com queda de 3,6%, devido a menor contribuição da Telesp que vendeu ativos no primeiro trimestre de 2007, e pela mudança no mix de serviços, não compensados pelos ganhos obtidos na Vivo. O Capex (gastos de capital e investimentos) no país alcançou 196 milhões de euros e o fluxo operacional de caixa no trimestre foi de 581 milhões de euros.
Globalmente a empresa cresceu 12,6% em serviços totalizando 233,5 milhões de clientes impulsionado pelas conexões móveis que cresceram 16,3% somando 171 milhões de clientes. Na banda larga o crescimento foi de 26,8% com 10,8 milhões de acessos e na TV paga aumentou 64,4% com 1,8 milhão de clientes.
O Ebitda totalizou 5,37 bilhões, 5,3% maior que o mesmo período do ano passado e a margem Ebitda foi de 38,7%, 1,5 ponto maior que há um ano. A empresa investiu nesse período, 1,31 bilhão de euros, sendo que 463 milhões se destinaram à Espanha. A empresa encerra o trimestre com 15,8 milhões de acessos fixos na Espanha e 23 milhões de acessos móveis.
A América Latina continuou alavancando o resultado da companhia, com 10,1% de crescimento nas vendas e 17,7% no número de conexões. A receita alcançou 5,15 bilhões de euros. A empresa ganhou 3,1 milhões de clientes móveis na região nos primeiros três meses, de um total de 103,7 milhões, ficando atrás apenas da América Móvil que acrescentou 5,7 milhões de assinantes no mesmo período.
Na Europa, onde a companhia opera por meio da O2 na Inglaterra, Irlanda e Alemanha, a receita caiu 1,7%, com o impacto da venda da Airwave e da Endemol no ano passado. Sem o efeito da venda, as vendas na região cresceram 6,4%.