O mercado brasileiro de TI movimentou o equivalente a US$ 102,6 bilhões em 2011, o que representa um crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior, segundo estudo encomendado à IDC pela Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). Como tradicionalmente o setor cresce o dobro do PIB, a projeção é que neste a expansão fique em torno de 9%, totalizando R$ 112 bilhões. Somando-se a área de tecnologia da informação e comunicações (TIC), o setor contabilizou US$ 197,56 bilhões no ano passado, expansão de 10,9%.
De acordo com o relatório, a maior fatia do faturamento do setor de TI veio do desenvolvimento de software e serviços desenvolvidos in-house, principalmente por bancos e órgãos do governo, que totalizou US$ 41,6 bilhões, crescimento de 16,7% em relação a 2010. Hardware aparece na segunda posição, com US$ 29,9 bilhões, seguido por serviços, que movimentou US$ 14,7 bilhões. A venda de software somou US$ 6,18 bilhões e os serviços de terceirização de processos de negócios (BPO), US$ 5,6 bilhões. A Brasscom salienta que o estudo na contabiliza exportações nem operações internacionais das empresas associadas.
Para Antonio Gil, presidente da entidade, o Brasil ainda pode se tornar um dos quatro principais centros de TI até 2022. “A meta do setor para os próximos dez anos é dobrar o faturamento e movimentar US$ 210 bilhões, com a intensificação do uso de TICs por outras atividades econômicas”, afirmou. Ele ressalta, porém, que o setor enfrenta desafios para seu pleno desenvolvimento no país, como custos competitivos, qualificação profissional, melhoria da infraestrutura e fomento à inovação nacional, contemplados no Plano Brasil Maior. “O governo federal inseriu TIC na agenda de desenvolvimento nacional, fornecendo as condições para que o mercado atinja nos próximos dez anos a representação de 6 a 7% do PIB, observada em países desenvolvidos.”