Os preços dos produtos comercializados pela internet registraram deflação de 2,7% em maio, de acordo com o índice e-Flation, o que representa um aumento de 0,7 ponto percentual em relação à deflação do mês anterior (2%) e de 1,9 ponto percentual em relação à deflação observada em maio de 2011 (0,8%). O indicador, desenvolvido pelo Programa de Administração do Varejo (Provar), da FIA (Fundação Instituto de Administração), em parceria com a Felisoni Consultores Associados e a Íconna, tem como proposta monitorar as variações dos preços de produtos ofertados online, acompanhando as tendências no mercado de consumo pela internet.
O indicador atinge pela segunda vez no ano sua maior deflação se comparado com o percentual negativo de março, que também foi de 2,7%. Nos últimos 12 meses, o índice registrou deflação de 12% e, somente em 2012, já acumula -8,8%, sendo o sétimo mês seguido de margem negativa.
Medicamentos, eletroeletrônicos, eletrodomésticos e CDs e DVDs foram as categorias que mais contribuíram para o resultado do e-Flation em maio, pois apresentaram deflação de 1,27%, 0,60%, 0,49% e 0,45%, respectivamente. Perfumes e cosméticos e brinquedos foram as únicas categorias que registraram inflação no período, com alta de 1,26% e 0,26% respectivamente.
“O consumidor tem refletido bastante antes da realização de suas compras, principalmente por meio da internet. Com isso, a competitividade entre sites de e-commerce está muito acirrada, o que contribuiu para ocasionar deflação constante de preços”, ressalta Claudio Felisoni, presidente do conselho do Provar/FIA.
O e-Flation é avaliado a partir da segunda quinzena do mês anterior à primeira do mês em referência. Os itens que compõem a cesta de cada uma das categorias são aqueles que, sendo os mais anunciados entre os sites mais procurados, resultam no que se chama de "campeões de vendas".
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