A Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) quer chamar a atenção, por meio da campanha "Meu sonho não arrisco", para os riscos da falta de ética nos negócios. No site Empreendedor Legal a entidade reúne a partir de hoje casos reais de empresários do setor de outsourcing (terceirizados) que apostaram na legalidade e se diferenciaram no mercado. Os vídeos citam exemplos de prejuízos causados pela falta de rigor na contratação de serviços, pois um contratado que utiliza programas ilegais pode deixar todo o sistema exposto para ações legais, roubo de dados comerciais, desvio de recursos do caixa das empresas, quebra da privacidade dos clientes etc.
Assim, além de cuidar para que todo o seu próprio sistema funcione dentro de um ambiente de legalidade, cabe ao empresário também ser um indutor de boas práticas a todos os parceiros de negócios.
Para além de conscientizar o empresário sobre a importância do uso de programas legalizados, a ABES pretende ampliar o entendimento de que cabe a todos contribuir para a criação de uma rede sustentável entre todos os atores do mercado para o uso de software original.
"O que acontece, muitas vezes, é que o cliente adquire um software ilegal de um fornecedor informal e depois, lá na frente, ele reconhece o problema. Então, adquirir o software formal é uma boa política. Minimiza os seus riscos como empresa", diz o presidente da BRQ, Benjamin Quadros, um dos empresários que participa da campanha. "Ou você é um empresário que segue as regras ou você é um oportunista que se aproveita da oportunidade para ter um benefício tributário. Ter software original é um diferencial competitivo", ensina.
Os custos para as empresas dos danos causados por software pirata giram em torno de US$ 400 bilhões anuais, de acordo com o estudo sobre impacto do uso de software ilegal em todo o mundo encomendado pela BSA junto ao Instituto IDC. O mesmo levantamento mostra que o índice de pirataria de software no Brasil é de 47% dos programas instalados em todos os computadores do país. No mundo, este índice é de 39%.
A campanha mostra através de depoimentos de empresários brasileiros, a importância de se construir uma rede sustentável de fornecedores e parceiros que atuam dentro da legalidade.