O Brasil não tem como competir com a Índia com mão-de-obra qualificada, mas pode disputar projetos de offhore com conhecimento. A afirmação é do indiano Jagadish Dalal, especialista em outsourcing e offshoring, que foi CIO da Carrier Corporation, Xerox, Data General e autor do estudo as 100 Global Outsourcing, publicado este ano pela Fortune americana. Ele esteve esta semana no Brasil.
Dalal este no País conduzindo o workshop IT and Business Process Outsourcing (BPO) ? Opportunities for Brazilian Companies?, organizado pelo programa Brasil Outsourcing, em São Paulo e que encerrou nesta sexta-feira, dia 14 de julho. Durante dois dias, o consultor falou para provedores de serviços, CIOs e presidentes de empresas.
O consultor abordou as vantagens do outsourcing, BPO e offshore. Ao comentar sobre a participação das empresas brasileiras no mercado internacional, ele recomendou que as companhias primeiro tentem criar um cartão de visita para se tornarem conhecidas no exterior. Um caminho é fortalecer o papel da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Software e Serviços para Exportação) para que a entidade possa repetir o modelo adotado pela Nasscom (Associação Nacional das Empresas de Software e Serviços da Índia).
Outro alerta do consultor é que o Brasil não tente disputar com a Índia com fornecimento de mão-de-obra. ?Se vocês tiverem expertise e conhecimento de business serão procurados. Aproveitem o domínio que vocês têm para vender serviços?, aconselha Jadal. Os fornecedores devem buscar também alianças com as multinacionais que estão no Brasil e já fazem transações com outros países.