Os serviços de conteúdo móvel registraram receita de US$ 1,15 bilhão em 2007 e deve chegar a US$ 8,93 bilhões em 2014 na América Latina, de acordo com um estudo recém-concluído pela Frost & Sullivan. Segundo a consultoria, os serviços de conteúdo móvel foram responsáveis por 3,1% das receitas totais com telefonia no ano passado no mercado latino-americano. No mesmo ano, o número de usuários desses serviços alcançou 57,1 milhões ou 31,1% do número total de assinantes de serviços móveis na região.
Embora os serviços de música continuem sendo os de maior demanda entre usuários finais, jogos e vídeos gradualmente ganham popularidade, de acordo com o estudo.
As duas maiores economias latino-americana, Brasil e México, apresentaram um notável crescimento no ano passado, obtendo $1,11 bilhão em receitas, o que representa um crescimento de 48,5% na comparação com 2006. "No Brasil, cerca de 37,7% do total de 122,8 milhões de assinantes de serviços móveis usaram, pelo menos, um dos conteúdos móveis no ano passado. Os de música representaram 38,1% das receitas desse mercado, gerando US$ 250,2 milhões em 2007," diz a analista de pesquisas da Frost & Sullivan, Justina Trotta.
Apesar dessas indicações favoráveis do mercado, uma proporção significativa de assinantes de serviços móveis ainda ignora os recursos oferecidos por seus aparelhos. Muitos usuários acham que é difícil procurar pelos conteúdos que desejam, especialmente nos portais WAP. "O mercado latino-americano de conteúdos móveis ainda é limitado pelo fato de alguns aparelhos não serem capazes de rodar todos os serviços de conteúdos, especialmente jogos e vídeos," acrescenta o analista de pesquisas da consultoria, Andrés Sciarrotta.
Espera-se que o impacto dessa restrição diminua, uma vez que os aparelhos se tornem mais baratos e acessíveis, ampliando o tamanho do mercado explorável. "Dados esses desafios, as operadoras deveriam realizar esforços coordenados no sentido de educar os usuários finais sobre os recursos de seus aparelhos e tornar seus portais WAP mais fáceis de usar. Desse modo, alguns não usuários poderão começar a usar serviços de conteúdos, ampliando assim sua penetração", finaliza o analista.
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