As plataformas de cloud estão cada vez mais sofisticadas e oferecendo inúmeros serviços que buscam tornar mais simples a vida do gestor de TI. O que começou como simples disposição de servidores virtuais hoje replica quase todos os aspectos da infraestrutura, permitindo criar e destruir plataformas realmente complexas em poucos minutos. Entretanto, também temos assistido ao avanço do uso de tecnologias móveis.
E é aí que encontramos algumas interessantes consequências. Por exemplo, há provedores de cloud do mercado cujo painel de controle mobile ainda é um aplicativo somente para leitura de status, custos etc. Porém, recentemente observamos que um painel de controle no formato responsivo, com os mesmos recursos para desktop ou mobile, pode aumentar em mais de 25% a utilização via smartphone. Hoje, o uso via mobile já superou o desktop e esse crescimento se verifica mesmo para recursos complexos, que nunca pensamos que fossem ser usados desta forma, como, por exemplo, o load balance. Mas há uma razão simples de entender até.
A funcionalidade de load balance permite ao usuário aumentar a disponibilidade dos seus serviços criando redundâncias de servidores. Neste modelo, uma falha em um servidor ou uma sobrecarga não paralisa o serviço, seja ele CRM, e-commerce, websites, EAD, hospedagem, ou outros. Com a comodidade desse novo modelo de gestão multidispositivo já não é mais preciso usar um notebook ou desktop, para regular, adicionar, ou remover servidores, bem como monitorar seu funcionamento.
Assim, o gestor de TI acaba por usar o smartphone para verificar o estado do load balance, remover servidores do balanceador, adicionar novos servidores e outras tarefas. Ele ganhou a possibilidade de interferir na plataforma em trânisito, o que nunca poderia ter sido feito, se não fossem as tecnologias móveis.
O mesmo vale para o serviço de backup na nuvem, que sempre foi bastante corporativo. Impressionamos-nos com a utilização via smartphone, mas novamente a explicação é simples: imagine que um profissional de TI responsável pelo backup da corporação está em um voo doméstico de quatro horas de duração nos Estados Unidos para participar de um evento de TI, quando há a necessidade de iniciar um restore emergencial em um sistema (ou alterar uma política, ou testar uma política, etc). Como a maioria das companhias aéreas domésticas nos Estados Unidos já oferece o serviço de Wi-Fi a bordo, este profissional tem hoje o poder de usar seu próprio smartphone para iniciar os serviços de restore. É uma inovação gigantesca desde o recente tempo das fitas, que exigiam inclusive o trabalho de colocar a fita no robô e comandar o restore localmente.
Os aplicativos móveis que já vieram para ficar no uso doméstico agora encontram também uso corporativo. O uso desses recursos resulta em ações muito mais rápidas, práticas e eficazes do que depender da troca de e-mails, ou da comunicação via Instant Messenger para a execução dessas tarefas. Tudo isso na palma de sua mão. Nesse cenário, estar à frente, comandar um time e garantir a satisfação de seus clientes pode ser apenas uma questão de escolha.
* Antonio Pina é CTO da Mandic Cloud Solutions.